A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 16“Filho do homem, vou tirar de ti, por um mal súbito, o encanto de teus olhos. Mas não deverás lamentar-te nem chorar ou derramar lágrimas. 17Geme em silêncio, sem fazer o luto dos mortos. Põe o turbante na cabeça, calça as sandálias nos pés, sem encobrir a barba, nem comer o pão dos enlutados”. 18Eu tinha falado ao povo pela manhã, e à tarde minha esposa morreu. Na manhã seguinte, fiz como me foi ordenado. 19Então o povo perguntou-me: “Não nos vais explicar o que têm a ver conosco as coisas que tu fazes?” 20Eu respondi- lhes: “A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 21Fala à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Vou profanar o meu santuário, o objeto do vosso orgulho, o encanto de vossos olhos, o alento de vossas vidas. Os filhos e as filhas que lá deixastes, tombarão pela espada. 22E fareis assim como eu fiz: Não cobrireis a barba, nem comereis o pão dos enlutados, 23levareis o turbante na cabeça, as sandálias nos pés, sem vos lamentar nem chorar. Definhareis por causa de vossas próprias culpas, gemendo uns para os outros. 24Ezequiel servirá para vós como sinal: Fareis exatamente o que ele fez; quando isso acontecer, sabereis que eu sou o Senhor Deus”.
Da Rocha que te deu à luz, te esqueceste,* do Deus que te gerou, não te lembraste. 19Vendo isto, o Senhor os desprezou,* aborrecido com seus filhos e suas filhas. 20E disse: “Esconderei deles meu rosto* e verei, então, o fim que eles terão, pois, tornaram-se um povo pervertido,* são filhos que não têm fidelidade. 21Com deuses falsos provocaram minha ira,* com ídolos vazios me irritaram; vou provocá-los por aqueles que nem são um povo,* através de gente louca hei de irritá-los.
Naquele tempo, 16alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” 17Jesus respondeu: “Por que tu me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos”. 18O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo”. 20O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. O que ainda me falta?” 21Jesus respondeu: “Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra nos fala a respeito de duas grandes promessas feitas por Deus. Uma promessa foi dado ao Povo Hebreu, no Antigo Testamento, por meio de Moisés. E a outra promessa foi dada no Novo Testamento, por meio de Jesus Cristo à toda a humanidade.
A primeira promessa foi aquela que Deus fez ao Povo de Israel, por meio de Moisés, garantindo-lhe os favores e as bênçãos divinas. Teria, assim, uma terra para morar e cultivar, um reino terrestre com abundância de bens, e a paz com os povos estrangeiros. Tudo isto o povo receberia de Deus, na medida em que ele observasse os mandamentos e fosse fiel ao Deus único e verdadeiro. E, ao mesmo tempo, foi pactuado entre Deus e o Povo Eleito, que se o povo não cumprisse a sua parte do contrato, todo o povo seria severamente castigado, e perderia tudo o que fora prometido.
Assim sendo, nos tempos do profeta Ezequiel, o povo de Israel já não observava mais os mandamentos e vivia em grande desordem e perversidade, quebrando a Aliança com Deus. Por isso, Deus mandou dizer-lhe, pelo profeta Ezequiel: “Assim diz o Senhor Deus: Vou profanar o meu santuário, o objeto do vosso orgulho, o encanto de vossos olhos, o alento de vossas vidas. Os filhos e as filhas que lá deixastes, tombarão pela espada. E fareis assim como eu fiz: Não cobrireis a barba, nem comereis o pão dos enlutados, levareis o turbante na cabeça, as sandálias nos pés, sem vos lamentar nem chorar. Definhareis por causa de vossas próprias culpas, gemendo uns para os outros” (Ez 24, 21-23). Desta forma, pouco tempo depois, o Santuário foi destruído, o Reino de Judá foi invadido e arrasado, e o povo foi exilado.
Diante da iminente perda de todos os benefícios divinos prometidos, mesmo advertido pelo profeta, o Povo de Judá se manteve obstinado no mal, forçando Deus a tratá-lo com dureza, dando-lhe o castigo prometido. Por isso, foi-lhe lembradas as palavras de Moisés, que dizia: “Da Rocha que te deu à luz, te esqueceste, do Deus que te gerou, não te lembraste. Vendo isto, o Senhor os desprezou, aborrecido com seus filhos e suas filhas. E disse: “Esconderei deles meu rosto e verei, então, o fim que eles terão, pois, tornaram-se um povo pervertido, são filhos que não têm fidelidade. Com deuses falsos provocaram minha ira, com ídolos vazios me irritaram; vou provocá-los por aqueles que nem são um povo, através de gente louca hei de irritá-los” (Dt 32, 18-21).
Entretanto, no Novo Testamento, Jesus Cristo apresentou novas promessas, bem mais atraentes e melhores. Ele não as deu somente aos discípulos, nem somente aos judeus, mas ele as deu à toda a humanidade. Pois estas promessas, por serem eternas e sublimes, eram promessas de um Reino futuro e divino. Estas promessas não consistiam em bens materiais deste mundo, nem glórias terrenas, mas seriam bens espirituais e eternos, que se situavam no mundo futuro do Reino dos Céus. Jesus, portanto, garantia o acesso a este Reino de Deus a todos aqueles que cumprissem os mandamentos da Lei de Deus.
Conforme um diálogo que Jesus teve com um jovem, que veio ao seu encontro e lhe perguntou: “Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” Jesus respondeu: “Por que tu me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos”. O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19, 16-19). Portanto, para entrar no Reino dos céus bastava, segundo Jesus, observar corretamente os mandamentos, conforme o espirito da Lei interpretada por Jesus Cristo. Porém, se alguém quisesse, eventualmente, fazer um gesto mais perfeito, para obter um tesouro eterno no Reino dos céus, então ele deveria seguir o seguinte conselho de Jesus: “Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mt 19, 21).
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