Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está às portas. 10Irmãos, tomai por modelo de sofrimento e firmeza os profetas, que falaram em nome do Senhor. 11Reparai que consideramos como bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes falar da perseverança de Jó e conheceis o êxito que o Senhor lhe deu — pois o Senhor é rico em misericórdia e compassivo. 12Sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra forma de juramento. Antes, que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não. Então não estareis sujeitos a julgamento.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, * e todo o meu ser, seu santo nome! 2Bendize, ó minha alma, ao Senhor, * não te esqueças de nenhum de seus favores! 3Pois ele te perdoa toda culpa, * e cura toda a tua enfermidade; 4da sepultura ele salva a tua vida * e te cerca de carinho e compaixão. 8O Senhor é indulgente, é favorável, * é paciente, é bondoso e compassivo. 9Não fica sempre repetindo as suas queixas, * nem guarda eternamente o seu rancor. 11Quanto os céus por sobre a terra se elevam, * tanto é grande o seu amor aos que o temem; 12quanto dista o nascente do poente, * tanto afasta para longe nossos crimes.
Naquele tempo, 1Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. 2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. 3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” 10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”.
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo! A Liturgia da Palavra que acabamos de ouvir nos ensina que o homem casado deve perseverar na união conjugal e na fidelidade matrimonial com a sua mulher, da mesma forma como ele deve perseverar com toda firmeza e fidelidade na sua união com Deus.
Jesus Cristo nos ensinou em seu Evangelho que o relacionamento conjugal e o vínculo matrimonial, entre o homem e a mulher que se casaram para fundar uma família, é matéria essencial de seu Evangelho. A determinação doutrinal de Jesus Cristo sobre a indissolubilidade do vínculo matrimonial fazia parte de seu Evangelho. Pois, segundo Jesus Cristo, esta doutrina estava em plena conformidade com a vontade divina do Deus Criador. E, assim sendo, tudo aquilo que Deus estabelecera como norma de vida no momento da criação, ninguém estava autorizado a modificá-lo: nenhum homem, nem Moisés e nem Jesus Cristo podiam dar normas que contrariassem ao Deus Criador. Por isso, Jesus retomou as determinações do Criador ao falar sobre o relacionamento conjugal entre o homem e a mulher, confirmando a vontade divina sobre a indissolubilidade do matrimônio.
Jesus Cristo deixou bem claro a todos os seus ouvintes – e para toda a humanidade – que a sua doutrina evangélica sobre o matrimônio indissolúvel estava comprometida com as determinações divinas sobre o matrimônio no momento da criação. Por isso, ele disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mc 10, 6-9)! E para que não ficasse nenhuma dúvida sobre isto que acabara de ensinar em público, Jesus Cristo retomou o mesmo assunto com os Apóstolos, ao chegar em casa. Isto ele o fez para que os seus discípulos compreendessem que o adultério era um pecado grave, que devia ser combatido na sua Igreja, pois ele provocaria um estado permanente de pecado, comprometendo seriamente a salvação dos fiéis adúlteros, dizendo: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério” (Mc 10, 11-12).
Assim sendo, caros irmãos, tão importante quanto é a fidelidade e a unidade de amor que os casais cristãos devem ter entre si, da mesma forma, deve haver um empenho perseverante na fidelidade de amor e na unidade indissolúvel com Deus. Tanto a fidelidade conjugal quanto a fidelidade de amor para com Deus, exigem de nós muita perseverança e espírito de sacrifício, como diz são Tiago: “Irmãos, tomai por modelo de sofrimento e firmeza os profetas, que falaram em nome do Senhor. Reparai que consideramos como bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes falar da perseverança de Jó e conheceis o êxito que o Senhor lhe deu — pois o Senhor é rico em misericórdia e compassivo” (Tg 5, 10-11).
Por isso, se alguma falha ocorrer neste sentido, estejamos prontos ao arrependimento, retomando o caminho da santidade, como diz o salmista: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão. O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo”. (Sl 102, 2-4; 8)
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