Assim diz o Senhor: 1Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. 2Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. 3Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, 4e ele mesmo será a Paz.
Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. † Vós que sobre os querubins vos assentais, * aparecei cheio de glória e esplendor! 3Despertai vosso poder, ó nosso Deus * e vinde logo nos trazer a salvação! 15Voltai-vos para nós, Deus do universo! † Olhai dos altos céus e observai. * Visitai a vossa vinha e protegei-a! 16Foi a vossa mão direita que a plantou; * protegei-a, e ao rebento que firmastes! 18Pousai a mão por sobre o vosso Protegido, * o filho do homem que escolhestes para vós! 19E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! * Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
Irmãos: 5Ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. 6Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. 7Por isso eu disse: ‘Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade'”. 8Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei – 9ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. 10É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste quarto Domingo do Advento se apresenta como um grande testemunho, feito por muitas vozes, que atestam a vinda de Jesus Cristo a este mundo. O evento sobrenatural mais estupendo e maravilhoso que a humanidade pode presenciar, realizou-se, contudo, numa esfera de naturalidade, de mistério e de simplicidade. O Messias nasceu como qualquer criança nasce neste mundo! Somente os que foram iluminados pela graça divina puderam reconhecer e acreditar que este Jesus, nascido na gruta de Belém, fosse o Filho de Deus!
Isabel, iluminada pela luz da fé e movida pelo Espírito Santo, saudando a Virgem Maria, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre” (Lc 1, 42-45). Isabel somente conseguiu ver as maravilhas de Deus pela visão da fé, reconhecendo que aquele menino que Maria trazia no seu ventre era o seu Senhor e Salvador. E Maria foi agraciada pelos melhores dons divinos, pela graça de ser a mãe do Verbo Encarnado, exatamente porque ela acreditou, e humildemente obedeceu aos desígnios divinos. Por isso, Isabel exclamou, dizendo: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu” (Lc 1, 45)!
O antigo profeta Miquéias já anunciava a glória de Belém, aquela humilde e insignificante cidade de Judá, que haveria de acolher o Messias prometido, dizendo: “E tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade” (Mq 5, 1). E Maria, a humilde e desconhecida virgem de Nazaré, haveria de ser aquela mãe que deu à luz a um menino, em Belém, como profetizou Miquéias, dizendo: “Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, e ele mesmo será a Paz” (Mq 5, 2-4).
E, o Messias Jesus Cristo, para realizar o plano de salvação da humanidade, se apresentou diante do Pai com um espírito de humildade e obediência, dizendo-lhe: “Por isso eu disse: ‘Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade'”. Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei – ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade” (Hb 10, 7-9). Por isso, “ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. Por isso eu disse: ‘Eis que eu venho, ó Pai, para fazer a tua vontade” (Hb 10, 5-7).
Deste modo, o Senhor glorioso de Israel veio visitar o seu povo para dar-lhe a salvação! Por isso, todo o Povo de Deus foi convocado a aclamar a Deus, dizendo: “Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós que sobre os querubins vos assentais, aparecei cheio de glória e esplendor! Despertai vosso poder, ó nosso Deus e vinde logo nos trazer a salvação! Voltai-vos para nós, Deus do universo! Olhai dos altos céus e observai. Visitai a vossa vinha e protegei-a” (SL 79, 1-3; 15)!
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