Assim fala o Senhor: 1“Ai de ti, rebelde e desonrada, cidade desumana. 2Ela não prestou ouvidos ao apelo, não aceitou a correção; não teve confiança no Senhor, nem se aproximou de seu Deus. 9Darei aos povos, nesse tempo, lábios purificados, para que todos invoquem o nome do Senhor e lhe prestem culto em união de esforços. 10Desde além-rios da Etiópia, os que me adoram, os dispersos do meu povo, me trarão suas oferendas. 11Naquele dia, não terás de envergonhar-te por causa de todas as tuas obras com que prevaricaste contra mim; pois eu afastarei do teu meio teus fanfarrões arrogantes, e não continuarás a fazer de meu santo monte motivo de tuas vanglórias. 12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres”. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, * seu louvor estará sempre em minha boca. 3Minha alma se gloria no Senhor; * que ouçam os humildes e se alegrem! 6Contemplai a sua face e alegrai-vos, * e vosso rosto não se cubra de vergonha! 7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, * e o Senhor o libertou de toda angústia. 17Mas ele volta a sua face contra os maus, * para da terra apagar sua lembrança. 18Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta * e de todas as angústias os liberta. 19Do coração atribulado ele está perto * e conforta os de espírito abatido. 23Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, * e castigado não será quem nele espera.
Naquele tempo, disse Jesus aos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: `Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?’ Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje, neste tempo do advento, faz um contundente apelo para que nos animemos a entrar num itinerário de conversão e de aproximação de Deus, abandonando todo tipo de maldade. Por isso o Espírito Santo nos diz: “Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. Mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança” (Sl 33, 6-7; 17).
Assim sendo, com toda delicadeza e coragem, numa conversa muito respeitosa entre Jesus Cristo e um grupo de chefes dos sacerdotes e anciãos do povo, Jesus advertia a estes homens de que eles também precisavam de conversão, para poder entrar no Reino dos céus. Embora, os pecados dos publicanos e das prostitutas sejam diferentes dos pecados dos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo, todos estavam com suas consciências manchadas por pecados graves, que os tornavam iníquos pecadores, impedidos de entrar no Reino de Deus. E Jesus deixou claro que estes homens honrados, por causa de sua obstinação e hipocrisia, tinha maior dificuldade de realizar um arrependimento sincero de seus pecados e de buscar uma autêntica conversão. Por isso, Jesus disse aos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo: “Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele” (Mt 21, 31-32) .
Da mesma forma já dizia o profeta Sofonias aos impenitente e presunçosos de Jerusalém: “Ai de ti, rebelde e desonrada, cidade desumana. Ela não prestou ouvidos ao apelo, não aceitou a correção; não teve confiança no Senhor, nem se aproximou de seu Deus. Naquele dia, não terás de envergonhar-te por causa de todas as tuas obras com que prevaricaste contra mim; pois eu afastarei do teu meio teus fanfarrões arrogantes, e não continuarás a fazer de meu santo monte motivo de tuas vanglórias.” (Sf 3, 1-2; 11).
Mas, ao mesmo tempo o profeta deu uma palavra de alento e de conforto, dizendo que naquele tempo propício de salvação – instaurado por Jesus Cristo – muitos se deixarão conduzir pela graça divina e humildemente se converterão ao Senhor, dizendo: “Darei aos povos, nesse tempo, lábios purificados, para que todos invoquem o nome do Senhor e lhe prestem culto em união de esforços. E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres”. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará” (Sf 3, 9; 12-13).
E assim, estas almas benditas que se converteram ao Senhor, poderão cantar, com toda piedade e alegria, o seguinte hino: “Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido” (Sl 33, 2-3; 18-19).
WhatsApp us