Naqueles dias, em Icônio, 5pagãos e judeus, tendo à frente seus chefes, estavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. 6Ao saberem disso, Paulo e Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia, e seus arredores. 7Aí começaram a anunciar o Evangelho. 8Em Listra havia um homem paralítico das pernas, que era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. 9Ele escutava o discurso de Paulo. E este, fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, 10disse em alta voz: “Levanta-te direito sobre os teus pés”. O homem deu um salto e começou a caminhar. 11Vendo o que Paulo acabara de fazer, a multidão exclamou em dialeto licaônico: “Os deuses desceram entre nós em forma de gente!” 12Chamavam a Barnabé Júpiter e a Paulo Mercúrio, porque era Paulo quem falava. 13Os sacerdotes de Júpiter, cujo templo ficava defronte à cidade, levaram à porta touros ornados de grinaldas e queriam, com a multidão, oferecer sacrifícios. 14Ao saberem disso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as vestes e foram para o meio da multidão, gritando: 15“Homens, o que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós e vos estamos anunciando que precisais deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe.
Não a nós, ó Senhor, não a nós, † ao vosso nome, porém, seja a glória, * porque sois todo amor e verdade! 2Por que hão de dizer os pagãos: * “Onde está o seu Deus, onde está?” 3É nos céus que está o nosso Deus, * ele faz tudo aquilo que quer. 4São os deuses pagãos ouro e prata, * todos eles são obras humanas. 15Abençoados sejais do Senhor, * do Senhor que criou céu e terra! 16Os céus são os céus do Senhor, * mas a terra ele deu para os homens.
O Espírito Santo, o Paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado, aleluia.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
Caríssimos discípulos e discípulas do Senhor Ressuscitado! A Liturgia da Palavra declara com toda firmeza que a fé verdadeira em Cristo Senhor não se confunde e nem se mistura com nenhum tipo de idolatria ou superstição; bem como o amor verdadeiro, tanto a Deus quanto ao próximo, sempre leva em conta os seus preceitos.
O evangelho que acabamos de ouvir, nos remete àqueles momentos últimos de Jesus, antes da sua Paixão e Morte de Cruz. Jesus estava, naquele momento, reunido com os Doze Apóstolos. Como mestre e Senhor, ele estava revelando aos apóstolos a doutrina que recebera do Pai. Nos evangelhos dos dias anteriores Jesus falara sobre a fé e sobre a esperança. Agora, nesta passagem do evangelho de hoje, ele ensinou os fundamentos do amor a Deus e ao próximo! Neste discurso ele deixou bem claro que o amor a Deus consistia, sobretudo, no cumprimento e na observância de seus mandamentos, bem como, em permanecerem fiéis à sua Palavra, que é a doutrina que ele recebeu do Pai. Portanto, “quem acolhe os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou” (Jo 14, 21-24).
E assim, todo aquele que for devidamente instruído pela Palavra de Deus, receberá uma graça especial do Espírito Santo para reter firmemente em sua memória todos os ensinamentos de Jesus, pois, como disse o Senhor: “O Espírito Santo, o Paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado” (Jo 14, 26).
Paulo e Barnabé, prosseguindo em sua obra missionária, deixaram Antioquia e foram a Icônio. Ali, depois de pregarem o evangelho, foram, inicialmente, bem recebidos; mas logo os lideres religiosos, tanto judeus quanto pagãos, se rebelaram contra os apóstolos, promovendo uma pública perseguição. “Assim, em Icônio, pagãos e judeus, tendo à frente seus chefes, estavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. Ao saberem disso, Paulo e Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia, e seus arredores. Aí começaram a anunciar o Evangelho” (At 14, 5-7).
Em Listra, depois de realizarem um milagre, os lideres pagãos os tomaram como divindades, chamando Paulo de Mercúrio e Barnabé de Júpiter. Paulo e Barnabé vendo tal impostura, se indignaram com esta homenagem blasfema, dizendo, com toda a mansidão e brandura: “Homens, o que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós e vos estamos anunciando que precisais deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe” (At 14, 15-16). Uma vez acalmados os ânimos, e corrigida a distorção, alguns da cidade de Listra abraçaram a fé.
Depois disto, os apóstolos, junto com aqueles novos cristãos que acabaram de se converter, elevaram a Deus este salmo, cantando: “Não a nós, ó Senhor, não a nós! Ao vosso nome, porém, seja a glória, porque sois todo amor e verdade! Por que hão de dizer os pagãos: “Onde está o seu Deus, onde está?” É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas. Abençoados sejais do Senhor, do Senhor que criou céu e terra” (Sl 113B, 1-4; 15)!
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