Naquele dia começou uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém. E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judeia e da Samaria. 2Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão e observaram grande luto por causa dele. 3Saulo, porém, devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão. 4Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda parte, pregando a Palavra.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, * 2cantai salmos a seu nome glorioso, dai a Deus a mais sublime louvação! * 3Dizei a Deus: “Como são grandes vossas obras! 4Toda a terra vos adore com respeito * e proclame o louvor de vosso nome!” 5Vinde ver todas as obras do Senhor: * seus prodígios estupendos entre os homens! 6O mar ele mudou em terra firme, * e passaram pelo rio a pé enxuto. Exultemos de alegria no Senhor! * 7Ele domina para sempre com poder!
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”
Caríssimos discípulos e discípulas de Cristo Ressuscitado! A Liturgia da Palavra nos garante que apesar das tribulações e sofrimentos, aqueles que são chamados à salvação, acolhem com amor a Jesus Cristo e ao seu Evangelho.
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus Cristo usou uma linguagem bem simples, mas teologicamente muito precisa em sua pregação. Ele estava, nesta ocasião, tentando convencer, com toda delicadeza e suavidade, aquela enorme parcela do povo judeu que já demonstrara grande resistência à sua pessoa e ao seu Evangelho.
Estes judeus a quem Jesus dirigia a palavra resistiam em acreditar na hipótese de ele ser, eventualmente, aquele Messias prometido e que, na verdade, eles esperavam com muita ansiedade. Muitos, sobretudo os mais instruídos na Sagrada Escritura, e as mais altas autoridades religiosas, se negavam a crer em Jesus, promovendo uma odiosa e hostil oposição e perseguição a Jesus; chegando, inclusive, a ameaçá-lo de morte!
Por isso, Jesus precisava dizer a verdade sobre si mesmo, sem se expor demais, mantendo uma linguagem prudente e corajosa. Jesus precisava ensinar com honestidade e veracidade a sua doutrina religiosa sobre a sua condição divina, e sobre a sua relação com Deus Pai, deixando bem clara a sua missão salvífica. Jesus precisava, urgentemente, conquistar o maior número de Judeus que aderissem, com fé verdadeira, à sua doutrina e à sua causa; visto que Deus Pai estava comprometido com este povo por um juramento e por uma aliança pactuada, outrora, entre Deus e o povo Judeu, tanto com Abraão, quanto com Moisés.
Era, portanto, necessário que muitos israelitas acreditassem em Jesus Cristo, pois foi no meio desta gente que Jesus fez todos aquele milagres e prodígios, com o intuito de convertê-los e salvá-los. Eles, mais do que qualquer outro povo poderia dizer ao Senhor, conforme as palavras do Profeta: “Como são grandes vossas obras! Toda a terra vos adore com respeito e proclame o louvor de vosso nome!” Vinde ver todas as obras do Senhor: seus prodígios estupendos entre os homens! O mar ele mudou em terra firme, e passaram pelo rio a pé enxuto. Exultemos de alegria no Senhor! Ele domina para sempre com poder” (Sl 65, 4-7)!
Por isso, Jesus, dirigindo-lhes a palavra, disse, com toda mansidão e bondade: “Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 37-40).
O nosso Senhor Jesus Ressuscitado e os Apóstolos somente desistiram de dirigir a palavra às autoridades judaicas, depois que estes, de forma obstinada e furiosa, declaram guerra aberta contra a Igreja de Jerusalém. Pois, “naquele dia começou uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém. E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judeia e da Samaria. Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda parte, pregando a Palavra”(At 8, 1-4).
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