Senhor, avisaste-me e eu entendi; fizeste-me saber as intrigas deles. 19Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado”. 20E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha causa.
Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: * vinde salvar-me do inimigo, libertai-me! 3Não aconteça que agarrem minha vida † como um leão que despedaça a sua presa, * sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me! 9Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço * e segundo a inocência que há em mim! 10Ponde um fim à iniquidade dos perversos, † e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça, * vós que sondais os nossos rins e corações. 11O Deus vivo é um escudo protetor, * e salva aqueles que têm reto coração. 12Deus é juiz, e ele julga com justiça, * mas é um Deus que ameaça cada dia.
Naquele tempo, 40ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas da multidão diziam: “Este é, verdadeiramente, o Profeta”. 41Outros diziam: “Ele é o Messias”. Mas alguns objetavam: “Porventura o Messias virá da Galileia? 42Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davi e virá de Belém, povoado de onde era Davi?” 43Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. 44Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Então, os guardas do Templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus, e estes lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” 46Os guardas responderam: “Ninguém jamais falou como este homem”. 47Então os fariseus disseram-lhes: “Também vós vos deixastes enganar? 48Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? 49Mas esta gente que não conhece a Lei, é maldita!” 50Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente, disse: 51“Será que a nossa Lei julga alguém, antes de o ouvir e saber o que ele fez?” 52Eles responderam: “Também tu és galileu, porventura? Vai estudar e verás que da Galileia não surge profeta”. 53E cada um voltou para sua casa.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavras nos apresenta o nosso Senhor Jesus Cristo como vítima de incompreensões e hostilidades ao desempenhar o seu ministério profético entre os irmãs. Ele se ternou um sinal de contradição ao apresentar aos judeus a Palavra de Deus.
Jesus tinha plena consciência de que sofreria uma dura oposição de seus adversários, no momento em que ele começasse a se manifestar ao mundo. Pois, os malfeitores não suportam a vida do justo; nem os mentirosos e os hipócritas suportam ser contrariados e desmascarados pela verdade; e, muito menos os ímpios e o perversos aceitam as palavras do profeta que estiver comprometido com a Palavra de Deus. Jesus era, na verdade, o Justo, o Mestre da verdade e o Profeta por excelência. Era, portanto, necessário que Jesus se tornasse alvo de perseguições e de maledicências, como acontecera anteriormente com todos os profetas em Israel.
Jeremias foi aquele profeta que mais se assemelhou a Jesus Cristo no seu ministério profético. Sem que tivesse dado qualquer motivo, ele conseguiu atrair sobre si a fúria e o ódio de seus inimigos pelo simples fato de ser profeta e comprometido com a Palavra de Deus. Ele foi por Deus iluminado e advertido sobre as intrigas de seus adversário, pois, “O Senhor, me avisou e eu entendi; fizeste-me saber as intrigas deles. Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado” (Jr 11, 18-19).
O salmista elevou a Deus uma oração implorando a Deus a sua proteção. Pois o justo que se propõe viver na santidade e na justiça, sofre inúmeras provocações e afrontas do ímpios e malvados. Por isso, ele disse: “Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: vinde salvar-me do inimigo, libertai-me! Não aconteça que agarrem minha vida como um leão que despedaça a sua presa, sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me! Ponde um fim à iniquidade dos perversos, e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça, vós que sondais os nossos rins e corações. O Deus vivo é um escudo protetor, e salva aqueles que têm reto coração” (Sl 7, 2-3; 10-11).
Jesus, sendo o Justo manso e humilde; o Mestre da verdade e o Profeta que falava com autoridade a Palavra de Deus, tornou-se logo motivo contrariedades e alvo de hostilidades dos seus inimigos e das autoridades religiosas judaicas. “Por isso, ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas da multidão diziam: “Este é, verdadeiramente, o Profeta”. Outros diziam: “Ele é o Messias”. Mas alguns objetavam: “Porventura o Messias virá da Galileia? Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davi e virá de Belém, povoado de onde era Davi?” Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele” (Jo 7, 40-44).
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