“Vinde, voltemos para o Senhor, ele nos feriu e há de tratar-nos, ele nos machucou e há de curar-nos. 2Em dois dias, nos dará vida, e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos, e viveremos em sua presença. 3É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo”. 4Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. 5Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, mas, como luz, expandem-se meus juízos; 6quero amor, e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! * Na imensidão de vosso amor, purificai-me! 4Lavai-me todo inteiro do pecado, * e apagai completamente a minha culpa! 18Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, * e, se oferto um holocausto, o rejeitais. 19Meu sacrifício é minha alma penitente, * não desprezeis um coração arrependido! 20Sede benigno com Sião, por vossa graça, * reconstruí Jerusalém e os seus muros! 21E aceitareis o verdadeiro sacrifício, * os holocaustos e oblações em vosso altar!
Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.
Caríssimos irmãos e irmãs! Na Liturgia da Palavra de hoje Deus nos garante que ele dará o perdão dos pecados ao pecador que humildemente e sinceramente se arrepender dos seus pecados com a intensão de deixar de cometê-los. Então ele poderá suplicar a Deus o perdão, mediante o Sacramento da Penitência.
Todo fiel cristão que tiver caído no pecado grave é imediatamente convocado pelo Senhor em sua consciência a se arrepender do mal cometido e implorar-lhe o seu perdão, recuperando, assim, a graça e a santidade. O próprio Deus se aproxima do pecador e o convoca a reconhecer o seu pecado! Como disse o profeta Oséias: “Vinde, voltemos para o Senhor, ele nos feriu e há de tratar-nos, ele nos machucou e há de curar-nos. Em dois dias, nos dará vida, e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos, e viveremos em sua presença. É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós” (Os 6, 1-3).
O Senhor mesmo se encarrega de oferecer ao penitente algumas dificuldades e provações para que ele se anime a um arrependimento corajoso e sincero, para retornar ao bom caminho, como disse o Senhor: “Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, mas, como luz, expandem-se meus juízos; quero amor, e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Os 6, 5-6).
Ninguém deve ter nenhum receio! Pois o Senhor haverá de dar o seu perdão, se o fiel cristão tiver a humildade de implorar a Deus a sua misericórdia, com sincero arrependimento e com disposição de abandonar aquela vida no pecado. Como disse Davi em sua oração penitencial: “Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa! Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido” (Sl 50, 3-4; 19)!
Jesus disse que somente seria justificado o pecador que sinceramente reconhecesse os seus pecados. Esta é a condição necessária para que o Senhor Jesus venha ao encontro do pecador e lhe dê o perdão de seus pecados. E, obviamente, o pecador que se pôs diante de Deus implorando o perdão de seus pecados, deve estar sinceramente arrependido de tê-los cometido e estar disposto a deixar de cometê-los. Estas são as condições necessárias para atrair sobre si a misericórdia de Deus, conforme as palavras de Jesus, que disse: “O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado” (Lc 18, 13-14). E o sacerdote, investido dos poderes divinos de perdoar pecados, deve estar sempre disponível na Igreja para dar aos pecadores o perdão de seus pecados graves, mediante o Sacramento da Penitência.
WhatsApp us