Naqueles dias, 9Absalão encontrou-se por acaso na presença dos homens de Davi. Ia montado numa mula e esta meteu-se sob a folhagem espessa de um grande carvalho. A cabeça de Absalão ficou presa nos galhos da árvore, de modo que ele ficou suspenso entre o céu e a terra, enquanto que a mula em que ia montado passou adiante. 10Alguém viu isto e informou Joab, dizendo: “Vi Absalão suspenso num carvalho”. 14Joab tomou então três dardos e cravou-os no peito de Absalão. 24Davi estava sentado entre duas portas da cidade. A sentinela que tinha subido ao terraço da porta, sobre a muralha, levantou os olhos e divisou um homem que vinha correndo, sozinho 25Pôs-se a gritar e avisou o rei, que disse: “Se ele vem só, traz alguma boa-nova”. 30O rei disse-lhe: “Passa e espera aqui”. Tendo ele passado e estando no seu lugar, 31apareceu o etíope e disse: “Trago-te, senhor meu rei, a boa-nova: O Senhor te fez justiça contra todos os que se tinham revoltado contra ti”. 32O rei perguntou ao etíope: “Vai tudo bem para o jovem Absalão?” E o etíope disse: “Tenham a sorte deste jovem os inimigos do rei, meu senhor, e todos os que se levantam contra ti para te fazer mal!” 19,1Então o rei estremeceu, subiu para a sala que está acima da porta e caiu em pranto. Dizia entre soluços: “Meu filho Absalão! Meu filho, meu filho Absalão! Por que não morri eu em teu lugar? Absalão, meu filho, meu filho!” 2Anunciaram a Joab que o rei estava chorando e lamentando-se por causa do filho. 3Assim, a vitória converteu-se em luto, naquele dia, para todo o povo, porque o povo soubera que o rei estava acabrunhado de dor por causa de seu filho.
Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido, * escutai, pois sou pobre e infeliz! 2Protegei-me, que sou vosso amigo, † e salvai vosso servo, meu Deus, * que espera e confia em vós! 3Piedade de mim, ó Senhor, * porque clamo por vós todo o dia! 4Animai e alegrai vosso servo, * pois a vós eu elevo a minh’alma. 5Ó Senhor, vós sois bom e clemente, * sois perdão para quem vos invoca. 6Escutai, ó Senhor, minha prece, * o lamento da minha oração!
Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” 24Jesus então o acompanhou. Uma numerosa multidão o seguia e o comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com uma hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. 27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou?'” 32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”. 35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. 39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.
Caríssimos irmãos e irmãs! Na Liturgia da Palavra nós somos instruídos por Davi e por Jesus Cristo a termos compaixão e piedade por aqueles passam por grandes sofrimentos, mesmo que estes possam ser seus maiores inimigos.
Davi deixou todo o povo de Jerusalém e os seus soldados estupefatos diante de sua atitude com aquele que tramara a sua morte. Absalão, seu filho muito amado, havia tramado uma revolta contra o rei Davi, para tornar-se rei de Israel sem a aprovação dele. Tendo arregimentado um poderoso exército, ele marchava sobre Jerusalém. Vendo a situação desesperadora, sem poder se defender, Davi decidiu fugir da cidade, levando consigo todos os moradores de Jerusalém. Porém, durante a luta Absalão pôs-se em fuga, quando se viu derrotado. Então, ocorreu um incidente, no qual Absalão fora morto. O mensageiro que trouxe a Davi a notícia, disse: “Trago-te, senhor meu rei, a boa-nova: O Senhor te fez justiça contra todos os que se tinham revoltado contra ti”. O rei perguntou ao etíope: “Vai tudo bem para o jovem Absalão?” E o etíope disse: “Tenham a sorte deste jovem os inimigos do rei, meu senhor, e todos os que se levantam contra ti para te fazer mal!” (2Sm 18, 31-32).
Davi, ouvindo que o seu filho estava morto, teve uma atitude inusitada, que deixou a todos perplexos, por ter tido compaixão de Absalão, mesmo tendo traído a sua confiança e colocado em perigo a vida do rei e de todo o povo de Jerusalém. “Diante desta notícia, o rei estremeceu, subiu para a sala que está acima da porta e caiu em pranto. Dizia entre soluços: “Meu filho Absalão! Meu filho, meu filho Absalão! Por que não morri eu em teu lugar? Absalão, meu filho, meu filho!” Anunciaram a Joab que o rei estava chorando e lamentando-se por causa do filho. Assim, a vitória converteu-se em luto, naquele dia, para todo o povo, porque o povo soubera que o rei estava acabrunhado de dor por causa de seu filho” (2Sm 19, 1-3).
Jesus, no Evangelho que ouvimos, teve compaixão de Jairo, chefe da sinagoga, que lhe suplicava em favor de sua filha, dizendo: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” (Mc 5, 23). Embora Jairo, sendo um dos chefes da sinagoga, fizesse parte daquele grupo de judeus que se opunham a Jesus como verdadeiros inimigos, Jesus não deixou de atendê-lo. Muito ao contrário! Com toda solicitude e compaixão, Jesus se dispôs imediatamente a atendê-lo. “Jesus então o acompanhou” (Mc 5, 24). “Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados” (Mc 5, 38-42).
Ressuscitando a filha de Jairo, Jesus se manifestou como aquele Deus bondoso e cheio de compaixão que atende prontamente aqueles que o invocam com fé, conforme as súplicas do salmista que dizia: “Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido, escutai, pois sou pobre e infeliz! Protegei-me, que sou vosso amigo, e salvai vosso servo, meu Deus. Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração( Sl 85, 1-2; 6)!
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