Naqueles dias, 1nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; 2sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; 3no temor do Senhor encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; 4mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. 5Cingirá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. 6O lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha como o boi; 8a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar. 10Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,* vossa justiça ao descendente da realeza! 2Com justiça ele governe o vosso povo,* com equidade ele julgue os vossos pobres. 7Nos seus dias a justiça florirá* e grande paz, até que a lua perca o brilho! 8De mar a mar estenderá o seu domínio,* e desde o rio até os confins de toda a terra! 12Libertará o indigente que suplica,* e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. 13Terá pena do indigente e do infeliz,* e a vida dos humildes salvará. 17Seja bendito o seu nome para sempre!* E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados,
todas as gentes cantarão o seu louvor!
Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade. E ele há de iluminar os olhos dos seus servos.
Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.
Caríssimos irmãos e irmãs. a Liturgia da Palavra de hoje, neste tempo do advento, nos convida a abrir nossos olhos espirituais de fé para enxergar o Messias, o Cristo Rei e Senhor, que veio habitar entre nós! Como profetizou o Espírito Santo, despertando em nós a fé no Cristo Senhor, dizendo: “Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres. Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará” (Sl 71, 1-2; 7; 13).
Aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías que deveria vir a este mundo, ele já veio, e está no meio de nós! Ele esteve entre nós na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo! Foi a respeito dele que o profeta disse: “Naqueles dias, nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; no temor do Senhor encontra ele seu prazer” (Is 11, 1-3).
Esta haste de Jessé é o filho de Davi – o filho de Maria e José – que nasceu em Belém, na plenitude dos tempos, conforme os desígnios do Senhor! Desde o seu nascimento ele veio marcado com os sinais da divindade do Filho de Deus e repleto das graças do Espírito Santo! Pois este que há de vir é o mesmo que o profeta anunciava, dizendo: “Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade. E ele há de iluminar os olhos dos seus servos” (Acl. ao Ev.)
Para confundir os poderosos, os grandes e os sábios deste mundo, ele apareceu discretamente, na simplicidade e na humildade. Pois, somente os humildes e pobres, através dos olhos espirituais da fé, o perceberam em sua majestade de Messias e Senhor! Pois, conforme a profecia: “Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. Cingirá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar. Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada” (Is 11, 3-5; 9-10).
O próprio Jesus Cristo deu o testemunho de si mesmo dizendo que ele era, seguramente, o Messias e Senhor prometido; e que, por vontade divina, ele seria reconhecido pelos pobres e humildes; os quais receberiam de Deus a graça de enxergá-lo com os olhos espirituais da fé. Elevando a Deus o seu coração, Jesus demonstrou a sua estreita intimidade com o Pai, dizendo: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Lc 10, 21-22).
Depois de proferir esta sublime oração, “Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir” (Lc 10, 23-24).
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