Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza; 24foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem. 3,1A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. 6Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; 7no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, * seu louvor estará sempre em minha boca. 3Minha alma se gloria no Senhor; * que ouçam os humildes e se alegrem! 16O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, * e seu ouvido está atento ao seu chamado; 17mas ele volta a sua face contra os maus, * para da terra apagar sua lembrança. 18Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta * e de todas as angústias os liberta. 19Do coração atribulado ele está perto * e conforta os de espírito abatido.
Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa’? 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?’ 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós:
quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer'”.
Caríssimos irmãos e irmãs! O nosso Senhor Jesus Cristo, no Evangelho que acabamos de ouvir, deu-nos uma firme recomendação, dizendo: se quisermos ser reconhecidos por Deus como discípulos do Senhor e sermos elevados à dignidade de filhos de Deus, é necessário que nos comportemos aqui neste mundo, como humildes servos do Senhor. Ou seja, todo aquele que se tornar discípulo do Senhor, deve cumprir os seus mandamentos, praticando a justiça e a misericórdia, como um servo humilde, que realiza tudo aquilo que seu Senhor lhe ordenou.
Foi exatamente isto que Jesus quis nos ensinar, quando disse: “Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer” (Lc 17, 10). Portanto, com estas palavras, Jesus deixou claro que o justo, que se comportar como humilde discípulo e servo do Senhor, será seguramente recompensado por Deus na vida eterna, depois de sua morte. Como disse o sábio profeta: “A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre” (Sb 3, 1-8).
Por isso, o justo e humilde servo do Senhor pode acreditar, com firme esperança, que será acolhido por Deus na bem-aventurança eterna, depois de sofrer resignadamente as provações e dificuldades desta vida, conforme as palavras do Salmista, que disse: “Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! Pois, o Senhor pousa seus olhos sobre os justos, e seu ouvido está atento ao seu chamado; mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta” (Sl 33, 3; 16-18).
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