Irmãos, 8não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, — pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. 9De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”. 10O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.
Feliz o homem que respeita o Senhor * e que ama com carinho a sua lei! 2Sua descendência será forte sobre a terra, * abençoada a geração dos homens retos! 4Ele é correto, generoso e compassivo, * como luz brilha nas trevas para os justos. 5Feliz o homem caridoso e prestativo, * que resolve seus negócios com justiça. 9Ele reparte com os pobres os seus bens, † permanece para sempre o bem que fez, * e crescerão a sua glória e seu poder.
Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje, nos incita a nos tornarmos verdadeiros cristãos, desafiando-nos a praticar as obras que nos permitam alcançar o grau de discípulos de Cristo. Jesus, no Evangelho disse que existem três condições necessárias, para que alguém se torne um autêntico discípulo de Cristo. Primeira condição: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 26). Segunda condição: “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 27). Terceira condição: “Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33)! Estas atitudes são, na verdade, muito exigentes e que nos deixam bastante abalados, pois Jesus Cristo, com estas palavras, tocou em questões básicas de nossa vida aqui neste mundo. Entretanto, Jesus quis despertar em nós um amor pleno e sincero; que o amemos assim como devemos amar a Deus, conforme o mandamento divino, que dizia: “Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6, 5). Em outras palavras, poderíamos dizer: Que não nos deixemos escravizar pelos bens que possuímos, ao ponto de nos afastar de Cristo. Que o nosso amor a Deus seja maior e mais intenso que o amor pelos nossos familiares. Que os sofrimentos, as dificuldades e as cruzes da vida nos fortaleçam na paciência e no amor ao Cristo nosso Senhor! São Paulo, por sua vez, estimulava os cristãos da Igreja de Roma, a terem um convívio de amor fraterno entre os discípulos de Cristo, dizendo-lhes o seguinte: “Não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, — pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei” (Rm 13, 8; 10). Ou como dizia Davi, no Salmo 111, declarando que é” feliz todo homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei” (Sl 111, 1)! E o profeta completou dizendo que, todo aquele que cumpre a Lei de Deus, viveria na perfeição e na justiça. Portanto, “feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder” (Sl 111, 5; 9).
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