Irmãos, 29os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. 30Outrora, vós fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, em consequência da desobediência deles. 31Assim são eles agora os desobedientes, para que, em consequência da misericórdia usada convosco, alcancem finalmente misericórdia. 32Com efeito, Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos. 33Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos! 34De fato, quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? 35Ou quem se antecipou em dar-lhe alguma coisa, de maneira a ter direito a uma retribuição? 36Na verdade, tudo é dele, por ele, e para ele. A ele, a glória para sempre. Amém!
14Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor! 30Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! * Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! 31Cantando eu louvarei o vosso nome * e agradecido exultarei de alegria! 33Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá, * se procurardes o Senhor continuamente! 34Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, * e não despreza o clamor de seus cativos. 36Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, † reconstruindo as cidades de Judá, * onde os pobres morarão, sendo seus donos. 37A descendência de seus servos há de herdá-las, † e os que amam o santo nome do Senhor * dentro delas fixarão sua morada!
Naquele tempo, 12dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.
Homilia
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje aparentemente sugere três assuntos muito distintos. Entretanto, há um aspecto em comum a todas as três leituras, nas quais se mostra a atitude que Deus tem em relação aos humildes, aos pobres, aos desvalidos e aos pecadores arrependidos. No Evangelho que ouvimos, Jesus advertia as pessoas que lhe ofereceram um banquete, dizendo que Deus aprecia muito aqueles que derem daquilo que possuem em abundância, àquelas pessoas que são carentes dos bens terrenos, e que não lhes podem retribuir da mesma forma. Entretanto, estas pessoas não deveriam se sentir prejudicados, pois, Deus, quem tudo vê, não deixará de dar a retribuição no tempo certo, dizendo: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (Lc 14, 12-14). O Salmista, no salmo 68, elevou a Deus uma oração de louvor e gratidão, reconhecendo que o Senhor jamais abandona os seus filhos, quando estiverem na pobreza, no sofrimento e na indigência, dizendo: “Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos. Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, reconstruindo as cidades de Judá, onde os pobres morarão, sendo seus donos” (Sl 68, 33-36). Finalmente, São Paulo, dirigindo a sua carta aos pagãos romanos, disse-lhes que Deus tem um olhar de compaixão e de misericórdia sobre todos os pecadores, que outrora eram incrédulos e desobedientes, mas agora foram iluminados pelo Evangelho do Senhor, se converteram, acreditando e obedecendo ao Senhor. Este é, segundo Paulo, o grande mistério da sabedoria e da misericórdia de Deus, conforme as suas palavras: “Pois, outrora vós fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, em consequência da desobediência deles. Assim são eles agora os desobedientes, para que, em consequência da misericórdia usada convosco, alcancem finalmente misericórdia. Com efeito, Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos” (Rm 11, 30-32). E o Apóstolo conclui louvando o Senhor, dizendo: “Na verdade, tudo é dele, por ele, e para ele. A ele, a glória para sempre. Amém” (Rm 11, 36)!
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