Irmãos, 13não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé, que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua posteridade”.
Descendentes de Abraão, seu servidor, * e filhos de Jacó, seu escolhido, 7ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, * vigoram suas leis em toda a terra. 8Ele sempre se recorda da Aliança, * promulgada a incontáveis gerações; 9da Aliança que ele fez com Abraão, * e do seu santo juramento a Isaac. 42Ele lembrou-se de seu santo juramento, * que fizera a Abraão, seu servidor. 43Fez sair com grande júbilo o seu povo, * e seus eleitos, entre gritos de alegria.
O Espírito Santo, a verdade, dará testemunho de mim; e vós sereis minhas testemunhas em todo lugar.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 8“Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, o Filho do Homem também dará testemunho dele diante dos anjos de Deus. 9Mas aquele que me renegar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. 10Todo aquele que disser alguma coisa contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado. 11Quando vos conduzirem diante das sinagogas, dos magistrados e das autoridades, não fiqueis preocupados como ou com que vos defendereis, ou com o que direis. 12Pois nessa hora o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer”.
Somos chamados a dar testemunho de nossa fé e de nossa esperança!
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo nosso Senhor! A Liturgia da Palavra quer despertar em nós aquela fé que levou o nosso pai Abraão a acreditar em Deus, apesar de todas as adversidades deste mundo. Esta fé autêntica, a exemplo de nosso pai Abraão, deve estar fundamentada na graça divina e na esperança de alcançar tudo aquilo que a Palavra de Deus nos prometeu. Permanecendo, assim, firme fé e na esperança, superando todas as provações e adversidades.
Como disse São Paulo, na sua Carta aos Romanos: “Foi por causa da justiça que vem da fé, que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão, ou à sua descendência. É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia” (Rm 4, 15-17).
Por isso, nós todos, que somos os legítimos descendentes de Abraão segundo a sua fé, somos também os herdeiros da Aliança que ele fez com o Senhor, nosso Deus. E, sobretudo, somos herdeiros das promessas que ele recebeu de Deus; cujas promessas deveriam ser guardadas com firme confiança e esperança. Como dizia o Salmista, em meio aos seus louvores: “Ó descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido; ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus. Vigoram as suas leis em toda a terra. Pois ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac” (Sl 104, 6-9).
Jesus Cristo, no Evangelho que ouvimos, nos exortou vivamente a permanecemos firmes na esperança de salvação, sobretudo quando formos desafiados a ter que dar um testemunho de fé e de confiança em Deus, diante de pessoas que nos querem desviar de nossa fé e do reto caminho que conduz à salvação. Diante de tais situações nós somos obrigados a nos posicionar, de forma corajosa e destemida, em favor de Cristo e do seu Evangelho, como disse o nosso Senhor e Salvador: “Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, o Filho do Homem também dará testemunho dele diante dos anjos de Deus. Mas aquele que me renegar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12, 8-9).
E, para nos prevenir diante de eventuais situações adversas que exigiriam de nós um testemunho firme de nossas convicções religiosas em favor de Cristo e de nossa esperança de salvação, Jesus nos exortou a suportarmos táis provações com firmeza e coragem, mesmo se for às custas de nossas vidas. Neste momento estaria em jogo a nossa própria salvação. Ou seja, todas as vezes em que fôssemos, eventualmente, atacados e agredidos por autoridades eclesiásticas ou civis, forçando-nos a ter que abjurar da nossa fé ou cometer atos contrários à justiça ou à Lei do seu Evangelho, deveríamos nos colocar do lado de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, sem titubear. E o próprio Senhor Jesus deu-nos todas as garantias que ele e o Espírito Santo estariam ao nosso lado, nos confortando e nos defendendo. Por isso, Jesus proferiu as seguintes palavras: “Quando vos conduzirem diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não fiqueis preocupados como ou com que vos defendereis, ou com o que direis. Pois nessa hora o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer” (Lc 12, 8-12). Pois, “o Espírito Santo, a verdade, dará testemunho de mim; e vós sereis minhas testemunhas em todo lugar” (Jo 15, 26b-27a).
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