Isto diz o Senhor dos exércitos: “Virão ainda povos e habitantes de cidades grandes, 21dizendo os habitantes de uma para os de outra cidade: ‘Vamos orar na presença do Senhor, vamos visitar o Senhor dos exércitos; eu irei também’. 22Virão muitos povos e nações fortes visitar o Senhor dos exércitos e orar na presença do Senhor”. 23Isto diz o Senhor dos exércitos: “Naqueles dias, dez homens de todas as línguas faladas entre as nações vão segurar pelas bordas da roupa um homem de Judá, dizendo: ‘Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco'”.
1O Senhor ama a cidade * que fundou no Monte santo; 2ama as portas de Sião * mais que as casas de Jacó. 3Dizem coisas gloriosas * da Cidade do Senhor. 4Lembro o Egito e Babilônia * entre os meus veneradores. Na Filisteia ou em Tiro † ou no país da Etiópia, * este ou aquele ali nasceu. 5De Sião, porém, se diz: † “Nasceu nela todo homem; * Deus é sua segurança”. 6Deus anota no seu livro, † onde inscreve os povos todos: * “Foi ali que estes nasceram”. 7E por isso todos juntos * a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: * “Estão em ti as nossas fontes!”
Veio o Filho do Homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos.
Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para preparar hospedagem para Jesus. 53Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” 55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56E partiram para outro povoado.
Jerusalém, a cidade do Deus vivo e do Messias Jesus Cristo!
Caríssimos irmãos e irmãs e Cristo nosso Senhor! Desde os tempos do Exílio na Babilônia, a religião judaica deixou de ser, gradativamente, uma religião apenas do Povo Judeu, para ser abraçada por pessoas de outros povos. Este processo de universalização do judaísmo teve o estímulo dos grandes profetas, pois eles diziam que esta era a vontade de Deus. Estes profetas anunciavam que povos do mundo inteiro se voltariam para Jerusalém, indo até ela em peregrinação, para adorar o Deus e Senhor do céu e da terra, que se encontrava no Templo de Jerusalém. Foi para lá que Jesus, o Messias e filho de Davi, se dirigiu para realizar o seu sacrifício redentor.
Todos os profetas do período do Exílio da Babilônia ensinavam que o Deus de Israel, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, o Deus que aparecera-lhes no deserto e que fizera uma aliança com o povo de Israel, era o Deus único e verdadeiro, o Senhor do universo e de toda a humanidade. Assim, os próprios judeus que foram exilados e se dispersaram entre os povos pagãos tornaram se os missionários desta sua fé neste Deus que eles serviam e adoravam. Tornaram-se espontaneamente testemunhas da sua fé nas cidades pagãs onde eles moravam. Isto fez com que, pouco a pouco, muitos pagãos prosélitos acreditassem neste Deus e se sentissem atraídos em adorar este Deus, e servi-lo do mesmo modo como faziam os judeus, indo em peregrinação a Jerusalém.
Como dizia o profeta Zacarias: “Virão ainda povos e habitantes de cidades grandes, dizendo os habitantes de uma para os de outra cidade: ‘Vamos orar na presença do Senhor, vamos visitar o Senhor dos exércitos; eu irei também’. Virão muitos povos e nações fortes visitar o Senhor dos exércitos e orar na presença do Senhor”. Isto diz o Senhor dos exércitos: “Naqueles dias, dez homens de todas as línguas faladas entre as nações vão segurar pelas bordas da roupa um homem de Judá, dizendo: ‘Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco'” (Zc 8, 20-23).
Deste modo, caros irmãos, este novo judaísmo – que tinha a cidade Jerusalém e o seu Templo como centro de referência de sua fé -, acreditava que ali, no “Monte Sião” , se encontrava a “Casa de Deus”; e a cidade de Jerusalém seria a “Cidade do Senhor” , na qual se congregavam todos os povos, judeus e prosélitos! Os grandes profetas de Israel divulgavam esta crença, fazendo com que todos os judeus piedosos passassem a venerar e a saudar Jerusalém como a cidade santa, a cidade de Davi, na qual, tanto os judeus quanto os prosélitos, podiam encontrar o Deus de Israel para adorá-lo e servi-lo.
Deste modo, grandes multidões de judeus da diáspora, acompanhados de inúmeros pagãos convertidos à esta fé, peregrinavam à Jerusalém, cantando salmos de louvor ao Senhor, dizendo: “O Senhor ama a cidade que fundou no Monte santo; ama as portas de Sião mais que as casas de Jacó. Dizem coisas gloriosas da Cidade do Senhor. Lembro o Egito e Babilônia entre os meus veneradores. Na Filisteia ou em Tiro ou no país da Etiópia, este ou aquele ali nasceu. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”. Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: ‘Foi ali que estes nasceram’. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: ‘Estão em ti as nossas fontes'” (Sl 86, 1-7)! Assim sendo, Jerusalém tornou-se uma cidade cosmopolita, transformando-se no principal local de culto da religião judaica, na qual habitavam judeus e prosélitos de toda a terra, sob a proteção do Deus de Israel.
No tempo de Jesus Cristo, este judaísmo messiânico e universal, que tinha na cidade de Jerusalém e no seu Templo os fundamentos de sua fé e culto ao Deus verdadeiro, estava no seu apogeu. Jesus também entendia que ele, sendo o Messias e o filho de Davi, tinha um vínculo muito estreito com a cidade de Jerusalém. Ele sabia perfeitamente que os últimos acontecimentos de sua vida – a Paixão, a Morte e a Ressurreição – deveriam acontecer na cidade messiânica de Jerusalém. “Por isso, quando estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu, ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém” (Lc 9, 51). Pois, conforme a vontade de Deus, Jesus Cristo sabia que ali, na cidade de Jerusalém, “o Filho do Homem deveria servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mc 10, 45).
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