No segundo ano do reinado de Dario, no sexto mês, no primeiro dia, foi dirigida a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote: 2“Isto diz o Senhor dos exércitos: Este povo diz: ‘Ainda não chegou o momento de edificar a casa do Senhor'”. 3A palavra do Senhor foi assim dirigida, por intermédio do profeta Ageu: 4“Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas? 5Isto diz, agora, o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a conjuntura que estais passando: 6tendes semeado muito, e colhido pouco; tendes-vos alimentado, e não vos sentis satisfeitos, bebeis e não vos embriagais; estais vestidos, e não vos aqueceis; quem trabalha por salário, guarda-o em saco roto. 7Isto diz o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a difícil conjuntura que estais passando: 8mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; ela me será aceitável, nela me glorificarei, diz o Senhor”.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, * e o seu louvor na assembleia dos fiéis! 2Alegre-se Israel em Quem o fez, * e Sião se rejubile no seu Rei! 3Com danças glorifiquem o seu nome, * toquem harpa e tambor em sua honra! 4Porque, de fato, o Senhor ama seu povo * e coroa com vitória os seus humildes. 5Exultem os fiéis por sua glória, * e cantando se levantem de seus leitos; 6acom louvores do Senhor em sua boca; * 9beis a glória para todos os seus santos.
Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.
Caríssimos irmãos e irmãs! O judaísmo, depois do exílio na Babilônia e depois da extinção dos reinos de Israel e de Judá, passou por uma grande mudança. Toda a religião judaica, que cultuava o Deus do céu e da terra, o Deus de Abraão, Isaac e Jacó, reconhecia que este Deus estabelecera sua morada em Sião, no Monte santo, e no Templo de Jerusalém. A partir deste momento, toda a relação do Povo Eleito com Deus passava por intermédio da cidade de Jerusalém – como a cidade santa e eleita por Deus para ali morar com seu Povo – e no seu Templo onde repousava a glória de Deus. todos os judeus dispersos pelo mundo inteiro deveriam, em algum momento da sua vida, visitar a cidade de Jerusalém e seu Templo, para adorar a Deus!
Por isso, era tão importante reconstruir as ruinas de Jerusalém, pois dentro dos muros desta cidade habitaria o “Resto de Israel”. E, sobretudo, era necessário reerguer o Templo de Jerusalém, pois ali Deus escolhera, dentre todos os lugares da terra, para fazer dela a sua morada. Esta era, portanto, a vontade de Deus, que se manifestara pelos decretos dos reis persas: Ciro, Dario e Artaxerxes. E esta era a pregação de todos os profetas daquele tempo, sobretudo de Ageu, que conclamava ardentemente, em nome de Deus, que todos se empenhassem na reconstrução do Templo de Jerusalém, em todo seu esplendor, dizendo: “Isto diz o Senhor dos exércitos: Este povo diz: ‘Ainda não chegou o momento de edificar a casa do Senhor'”. A palavra do Senhor foi assim dirigida, por intermédio do profeta Ageu: “Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas? Isto diz, agora, o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a difícil conjuntura que estais passando: mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; ela me será aceitável, nela me glorificarei, diz o Senhor” (Ag 1, 2-8).
Toda a piedade e devoção do povo se voltaria, a partir de então, em direção ao Templo de Jerusalém, pois lá Deus escolhera fazer morada no meio do seu Povo Eleito. Para lá todos se voltariam e ali todos se reuniriam para louvar o Senhor, conforme o canto do salmista: “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! E Sião se rejubile no seu Rei! Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes. Exultem os fiéis por sua glória, com louvores do Senhor em sua boca” (Sl 149, 1-6).
No Evangelho que acabamos de ouvir, ele nos deu um testemunho de que a fama de Jesus era pública e notória. Inclusive os seus maiores inimigos e adversários não podiam desconsiderá-lo. Até mesmo nos palácios do rei Herodes – o homem ímpio por excelência e inimigo declarado de Jesus – o nome de Jesus era muito comentado. Eles não podiam deixar de admirá-lo, tanto pelas suas pregações quanto pelos inúmeros prodígios que Jesus realizava. Os comentários traziam certas informações distorcidas, causando grande apreensão e temor da parte de Herodes. Por isso, “alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus” (Lc 9, 7-9).
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