Caríssimo, 2censina e recomenda estas coisas. 3Quem ensina doutrinas estranhas e discorda das palavras salutares de Nosso Senhor Jesus Cristo e da doutrina conforme à piedade, 4é um obcecado pelo orgulho, um ignorante que morbidamente se compraz em questões e discussões de palavras. Daí é que nascem invejas, contendas, insultos, suspeitas, 5porfias de homens com mente corrompida e privados da verdade que fazem da piedade assunto de lucro. 6Sem dúvida, grande fonte de lucro é a piedade, mas quando acompanhada do espírito de desprendimento. 7Porque nada trouxemos ao mundo como tampouco nada poderemos levar. 8Tendo alimento e vestuário, fiquemos satisfeitos. 9Os que desejam enriquecer, caem em tentação e armadilhas, em muitos desejos loucos e perniciosos que afundam os homens na perdição e na ruína, 10porque a raiz de todos os males é a cobiça do dinheiro. Por se terem deixado levar por ela, muitos se extraviaram da fé e se atormentam a si mesmos com muitos sofrimentos. 11Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. 12Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus. 6Por que temer os dias maus e infelizes, * quando a malícia dos perversos me circunda? 7Por que temer os que confiam nas riquezas * e se gloriam na abundância de seus bens? 8Ninguém se livra de sua morte por dinheiro * nem a Deus pode pagar o seu resgate. 9A isenção da própria morte não tem preço; * não há riqueza que a possa adquirir, 10nem dar ao homem uma vida sem limites * e garantir-lhe uma existência imortal. 17Não te inquietes, quando um homem fica rico * e aumenta a opulência de sua casa; 18pois ao morrer não levará nada consigo, * nem seu prestígio poderá acompanhá-lo. 19Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo: * “Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!” 20Mas vai-se ele para junto de seus pais, * que nunca mais e nunca mais verão a luz!
Naquele tempo, 1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
Caríssimos irmãos e irmãs, em Cristo nosso Senhor! A Liturgia da Palavra de hoje nos ensina a doutrina evangélica a respeito dos bem materiais. Antes de tudo ela nos ensina que devemos evitar os dois extremos, quer seja a miséria e a carência total dos bens necessários para uma vida digna neste mundo; e a riqueza ou a abundância excessiva dos bens materiais. Uma vez dito isto, a doutrina evangélica sobre os bens materiais propõe uma vida modesta, sóbria e humilde. A exemplo de Cristo e seus discípulos, que tinham suas casas e seus bens materiais necessários para uma vida digna, foram chamados por Cristo a acompanhá-lo em suas viagens missionárias sem se preocuparem com o seu sustento, levando vida frugal e pobre. Sem fazer do seu trabalho de piedade e de evangelização um modo de obter lucros. Por isso, o estilo de vida desapegada dos bens materiais e na pobreza, era um testemunho de vida evangélica, em conformidade com a própria doutrina que eles pregavam. Por isso, “Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas mulheres: Maria, chamada Madalena, Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam” (Lc 8, 1-3). Paulo, por sua vez, advertia o seu discípulo Timóteo a levar uma vida exemplar nesta questão. Nem Timóteo – na condição de ministro da Palavra – e nem qualquer discípulo cristão deveria se deixar levar pela cobiça de bens materiais. “Pois, os que desejam enriquecer, caem em tentação e armadilhas, em muitos desejos loucos e perniciosos que afundam os homens na perdição e na ruína, porque a raiz de todos os males é a cobiça do dinheiro. Por se terem deixado levar por ela, muitos se extraviaram da fé e se atormentam a si mesmos com muitos sofrimentos” (1 Tm 6, 9-10). E Paulo acrescenta, exortando Timóteo a tomar muito cuidado nisto, mantendo um espírito sóbrio e desapegados, dizendo: “Sem dúvida, grande fonte de lucro é a piedade, mas quando acompanhada do espírito de desprendimento. Porque nada trouxemos ao mundo como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, fiquemos satisfeitos” (1 Tm 6, 6-8). “Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna” (1 Tm 6, 11-12). E, finalmente, o profeta Davi fez uma exortação cheia de sabedoria de vida, dizendo: “Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus bens? Ninguém se livra de sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate. A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal” (Sl 48, 7-10).
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