Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus! 2Senhor, eu ponho em vós minha esperança; * que eu não fique envergonhado eternamente! 3aPorque sois justo, defendei-me e libertai-me * apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! 3bSede uma rocha protetora para mim, * 3cum abrigo bem seguro que me salve! 4Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; * por vossa honra orientai-me e conduzi-me! 5Retirai-me desta rede traiçoeira, * porque sois o meu refúgio protetor! 6Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, * porque vós me salvareis, ó Deus fiel! 15A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, * e afirmo que só vós sois o meu Deus! 16Eu entrego em vossas mãos o meu destino; * libertai-me do inimigo e do opressor! 20Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, * que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, * mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.
Virgem Mãe tão Santa e pura, vendo eu a tua amargura, possa contigo chorar. Que do Cristo eu traga a morte, sua paixão me conforte, sua cruz possa abraçar! Em sangue as chagas me lavem e no meu peito se gravem, para não mais se apagar. No julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem soube em ti se abrigar. Que a Santa cruz me proteja, que eu vença a dura peleja, possa do mal triunfar! Vindo, ó Jesus, minha hora, por essas dores de agora, no céu mereça um lugar.
Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.
Caríssimos irmãos e irmãs, do Cristo Salvador! Celebramos hoje a festa de Nossa Senhora das Dores! Lembrar com piedosa devoção as dores e os sofrimentos de Maria, a mãe de Jesus, assistindo bem de perto o seu filho Jesus no caminho do Calvário, e ao pé da Cruz, é uma das devoções litúrgicas mais antigas na Igreja. Ela, embora sendo mãe, tornou-se a primeira discípula de Jesus, Imitando-o em tudo! Maria, tratando a Cristo com um amor materno, foi solidária com ele em tudo, quer seja, nas suas alegrias ou nas suas tristezas, no seu bem-estar ou nas suas dores e sofrimentos! Ela o acompanhou, bem ao seu lado dele, na via dolorosa, carregando a sua cruz, tornando-se a primeira discípula de Jesus, dando o seu exemplo a todos aqueles que algum dia haveriam de se tornarem dignos discípulos de Cristo. “Pois, perto da cruz de Jesus, estava de pé a sua mãe, Maria” (Jo 19, 25)! Ela, portanto, carregava em seu íntimo aquela cruz que Jesus carregava em seus ombros, cumprindo as palavras de Jesus que dissera: “Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga” (Mt 16, 24)! Por ela estar tão próxima de Jesus na hora de sua crucificação, e pela familiaridade tão estreita que havia entre Jesus e Maria, por ela ser a sua mãe, Maria se tornou a primeira beneficiária dos bens divinos que Cristo ofereceu a todos os filhos de Adão. Ela foi, assim, a primeira redimida, e a primeira agraciada pelos dons da salvação, obtidos pela sua Paixão, Morte de Cruz e Ressurreição! Ela foi a primeira a aprender a obediência a Deus, pelo sofrimento, estando ao lado de Jesus e imitando-o em tudo, conforme as palavras do apóstolo Paulo, que disse: “Mesmo sendo Filho, Jesus aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hb 5, 8-9). E, no final desta reflexão, rezemos juntos, dizendo: “Virgem Mãe tão Santa e pura, vendo eu a tua amargura, possa contigo chorar. Que do Cristo eu traga a morte, sua paixão me conforte, sua cruz possa abraçar! Em sangue as chagas me lavem e no meu peito se gravem, para não mais se apagar. No julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem soube em ti se abrigar. Que a Santa cruz me proteja, que eu vença a dura peleja, possa do mal triunfar! Vindo, ó Jesus, minha hora, por essas dores de agora, no céu mereça um lugar” (Sequência).
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