Moisés falou ao povo, dizendo: 4“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. 6E trarás gravadas em teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno. 7Tu as repetirás com insistência aos teus filhos e delas falarás quando estiveres sentado em tua casa, ou andando pelos caminhos, quando te deitares, ou te levantares. 8Tu as prenderás como sinal em tua mão e as colocarás como um sinal entre os teus olhos; 9tu as escreverás nas entradas da tua casa e nas portas da tua cidade. 10Quando o Senhor te introduzir na terra que prometeu com juramento a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó, que te daria, com cidades grandes e belas que não edificaste, 11casas cheias de toda espécie de bens que não cumulaste, cisternas já escavadas que não cavaste, vinhas e oliveiras que não plantaste; e quando comeres e te fartares, 12então, cuida bem de não esqueceres o Senhor que te tirou do Egito, da casa da escravidão. 13Temerás o Senhor teu Deus, a ele servirás e só pelo seu nome jurarás”.
Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, * 3aminha rocha, meu refúgio e Salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, * minha força e poderosa salvação. bÓ meu Deus, sois o rochedo que me abriga * csois meu escudo e proteção: em vós espero! 4Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! *e dos meus perseguidores serei salvo! 47Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! * E louvado seja Deus, meu Salvador! 51aConcedeis ao vosso rei grandes vitórias* be mostrais misericórdia ao vosso Ungido.
Naquele tempo, chegando Jesus e seus discípulos junto da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: 15“Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético, e sofre ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. 16Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” 17Jesus respondeu: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei? Trazei aqui o menino”. 18Então Jesus o ameaçou e o demônio saiu dele. Na mesma hora o menino ficou curado. 19Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?” 20Jesus respondeu: “Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’ e ela irá. E nada vos será impossível”.
Caríssimos irmãos e irmãs! O nosso Senhor Jesus Cristo, no Evangelho que acabamos de ouvir, nos quis deixar um duplo testemunho: tanto de sua natureza humana, quanto de sua condição divina. Quando Jesus, em certo momento, deu mostras de impaciência e irritação, reclamando contra os seus discípulos por estes se mostrarem tão frágeis na fé e incompetentes nas funções que lhes foram conferidas, Jesus quis dar uma demonstração de sua natureza humana. Com este gesto de impaciência, ele deixou claro que ele, enquanto homem, tinha os seus limites, podendo ficar cansado e irritado com certas coisas; quando ele disse, desabafando: “Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei” (Mt 17, 17)? Entretanto, mesmo ficando impaciente, ele não deixou a sua irritação ultrapassar os limites da mansidão e da moderação. Por outro lado, Jesus deu provas de sua onipotência divina sobre os elementos da natureza e sobre os demônios. Por isso ele advertiu seriamente os discípulos dizendo-lhes que eles receberam dele poderes de fazer milagres e de expulsar demônios. Porém, eles só poderiam fazer tais prodígios – que são prerrogativas de Cristo, enquanto Deus -, se eles se mantivessem estreitamente unidos a ele, na fé e na comunhão de espírito. Por isso, Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’ e ela irá. E nada vos será impossível”‘ (Mt 17, 20).
No Livro do Deuteronômio, Moisés recordou ao Povo a respeito dos compromissos assumidos com Deus, na Aliança, de praticar fielmente os Dez Mandamentos. Nesta ocasião, Moisés advertia vigorosamente a todo o Povo que estava lhe ouvindo, e que se encontrava às portas da “Terra Prometida”, que todos procurassem cumprir a Lei como demonstração de gratidão e amor a Deus, por tudo o que Deus lhes havia feito e haverá de fazer, ao tomarem posse da terra. Tudo estava sendo dado gratuitamente, pois, conforme as palavras de Moisés, “quando o Senhor te introduzir na terra que prometeu com juramento a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó, que te daria, com cidades grandes e belas que não edificaste, casas cheias de toda espécie de bens que não cumulaste, cisternas já escavadas que não cavaste, vinhas e oliveiras que não plantaste; e quando comeres e te fartares, então, cuida bem de não esqueceres o Senhor que te tirou do Egito, da casa da escravidão” (Dt 6, 10-12). Além disto, o Povo deveria, depois de se ter estabelecido na “Terra Prometida”, dedicar a Deus um amor intenso, fiel e cheio de gratidão. Deveria ter em sua boca palavras de louvor e gratidão dizendo: “Ó Senhor eu vos amo! Vós sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, meu escudo e proteção: em vós espero! E louvado seja Deus, meu Salvador” (Sl 17, 2-4; 47)!
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