1Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. 9Outros não deixaram lembrança alguma, desaparecendo como se não tivessem existido. Viveram como se não tivessem vivido, e seus filhos também, depois deles. 10Mas estes, ao contrário, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. 11Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são a sua melhor herança. 12A descendência deles mantém-se fiel às alianças, 13e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, * e o seu louvor na assembleia dos fiéis! 2Alegre-se Israel em quem o fez, * e Sião se rejubile no seu Rei! 3Com danças glorifiquem o seu nome, * toquem harpa e tambor em sua honra! 4Porque, de fato, o Senhor ama seu povo * e coroa com vitória os seus humildes. 5Exultem os fiéis por sua glória, * e cantando se levantem de seus leitos, 6com louvores do Senhor em sua boca * 9Eis a glória para todos os seus santos.
Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou no templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. 13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que ele disse. 15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do templo. 17E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões”. 18Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou”. 22Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: ‘Levanta-te e atira-te no mar’, e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados”.
Caríssimos irmãos em nosso Senhor Jesus Cristo! A liturgia da Palavra quer despertar em nós a fé na divindade de nosso Senhor Jesus Cristo e estimular-nos à oração.
Ela quer fazer com que nós sejamos pessoas de bem, ilustres e famosas aos olhos de Deus e de todos aqueles que buscam a Deus. Como disse o profeta: “Estes são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. A descendência deles mantém-se fiel às alianças, e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará” (Eclo 44, 11-13).
O Evangelho que acabamos de ouvir, nos leva a acompanhar Jesus naqueles três primeiros dias que antecederam à sua Paixão e Morte. Jesus, naquele momento, estava subindo a Jerusalém, montado num jumentinho, e sendo aclamado rei de Israel e filho de Davi. Porém, assim que entrou na cidade, ao dirigir-se ao Templo, percebeu que, ali dentro, as coisas estavam completamente mudadas. A cidade de Jerusalém e o Templo estavam repletos de judeus peregrinos, vindos de todos os lugares para as festas da Páscoa. Porém, Jesus percebeu imediatamente que as autoridades judaicas, sobretudo os sumos sacerdotes, tinham criado um clima de ódio e hostilidade contra ele. Vendo aquela situação tão adversa, “Jesus entrou no templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze” (Mc 11, 11).
No dia seguinte, retornando a Jerusalém, aproveitou-se da imagem de uma figueira para fazer uma comparação com a cidade de Sião. Jesus percebeu que as suas tentativas de colher algum fruto de conversão e de salvação entre os judeus de Jerusalém resultaram infrutíferas e frustrantes. Jerusalém era semelhante àquela figueira que Jesus encontrara no caminho. Ao tentar colher algum fruto, foi surpreendido por uma árvore frondosa, mas estéril. Em resposta, Jesus a amaldiçoou! Também este seria, infelizmente, o destino de Jerusalém! Uma vez entrando no Templo, mais uma decepção! Os sacerdotes haviam degradado e pervertido aquele ambiente; ao invés de ser um local apropriado para a oração e de encontro com Deus, haviam-no transformado em um local de comércio. Assim que “Jesus entrou no templo, ele começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. Ele não deixava ninguém carregar nada através do templo. E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões” (Mc 11, 15-17).
O Templo, como “Casa do Senhor” deveria ser um local de oração, de alegria, de louvor e congraçamento de todo o povo na presença do Senhor, como já dizia o Profeta: “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo. Exultem os fiéis por sua glória, e cantando com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos” (Sl 149, 1,2; 4-6; 9).
Logo a seguir, Jesus concedeu uma importante lição aos seus discípulos, sobre o valor da fé em Deus e sobre a importância que Deus dá à oração, dizendo: “Tende fé em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: ‘Levanta-te e atira-te no mar’, e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados” (Mc 11, 22-25).
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