Naqueles dias, 7o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. 8Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!’ “ 9E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura. 10Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu os extermine. Mas de ti farei uma grande nação”. 11Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: “Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte? 12Não permitas, te peço, que os egípcios digam: ‘Foi com má intenção que ele os tirou, para fazê-los perecer nas montanhas e exterminá-los da face da terra’. Aplaque-se a tua ira e perdoa a iniquidade do teu povo. 13Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’ “. 14E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo.
4Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo! 19Construíram um bezerro no Horeb * e adoraram uma estátua de metal; 20eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, * pela imagem de um boi que come feno. 21Esqueceram-se do Deus que os salvara, * que fizera maravilhas no Egito; 22no país de Cam fez tantas obras admiráveis, * no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. 23Até pensava em acabar com sua raça, * não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele, * para impedir que sua ira os destruísse.
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 31“Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. 32Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. 33Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. 35João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz. 36Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. 37E também o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Vós nunca ouvistes sua voz, nem vistes sua face, 38e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou. 39Vós examineis as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, 40mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna! 41Eu não recebo a glória que vem dos homens. 42Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. 43Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a este vós o receberíeis. 44Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? 45Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. 46Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a respeito de mim que ele escreveu. 47Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis então nas minhas palavras?”
Caríssimos fiéis em Cristo! A fidelidade é a virtude que Deus mais espera do seu Povo! Deus é fiel e cumpre com seus compromissos, juramentos e alianças! Ele espera que nós, membros do seu Povo, sejamos fiéis aos compromissos e com a palavra dada! Porém, nós, que somos membros da Igreja, o novo Povo de Deus, sofremos da mesma deficiência de caráter dos nossos antecessores.
Tanto o Povo de Israel – nos tempos de Moisés no deserto -, quanto os judeus – nos tempos de Jesus Cristo -, primaram pela obstinação, pela rebeldia, pela incredulidade e pela infidelidade! Nós acabamos de ouvir, na leitura do Livro do Êxodo, qual foi a conduta deplorável e vergonhosa do Povo de Israel no deserto. A poucos dias antes, eles tinham visto os maravilhosos prodígios da libertação do Egito. Tinham acabado de fazer o pacto da Aliança com Deus, e tinham tido a graça de ter ouvido os Mandamentos divinos da boca do próprio Deus. Mas, devido á sua dureza de coração, à sua arrogante obstinação, não tiveram nenhum receio em quebrar todos os compromissos, deixando-se conduzir pela infidelidade, pela perfídia e pela idolatria. “Naqueles dias, o Senhor falou a Moisés: ‘Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!'” E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura” (Ex 32, 7-9). Com toda toda a frieza de coração, não temeram zombar de Deus, “pois construíram um bezerro no Horeb e adoraram uma estátua de metal; eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, pela imagem de um boi que come feno. Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito” (Sl 105, 19-21);
Entretanto, uma vez acalmada a ira divina contra o povo, Deus continuou sendo fiel, mesmo tendo que suportar a infidelidade do povo. Deus continuou sendo fiel ao seu projeto de libertação e salvação de seu povo, na expectativa de libertar e salvar alguns que permanecessem fiéis.
Jesus Cristo, no Evangelho de João que acabamos de ouvir, passou pela mesma experiência com os Povo Judeu. Como foi difícil dirigir-lhes a palavra! Em tudo eles estavam sempre precavidos, mal intencionados e com dissimulação, distorciam tudo o que Jesus dizia. Jesus, constrangido por esta situação vexaminosa, chamou em sua defesa o testemunho de João Batista, da Sagrada Escritura e, inclusive o testemunho de Deus Pai. Mesmo chamando em causa as melhores testemunhas, nem isto fez com que os judeus amenizasse o mal-estar e a obstinação furiosa, contra a pessoa de Jesus Cristo e contra as suas palavras. Vejamos as palavras de Jesus: “Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: “Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. E também o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Vós nunca ouvistes sua voz, nem vistes sua face, e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou. Vós examineis as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna” (Jo 5, 31-40)!
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