Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. 3Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!”. 4E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito.
Pois reta é a palavra do Senhor,* e tudo o que ele faz merece fé. 5Deus ama o direito e a justiça,* transborda em toda a terra a sua graça. 18Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,* e que confiam esperando em seu amor, 19para da morte libertar as suas vidas* e alimentá-los quando é tempo de penúria. 20No Senhor nós esperamos confiantes,* porque ele é nosso auxílio e proteção! 22Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,* da mesma forma que em vós nós esperamos!
Caríssimo: 8Sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. 9Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. 10Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho.
Naquele tempo, 1Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 2E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. 3Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. 4Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias”. 5Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” 6Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito
assustados e caíram com o rosto em terra. 7Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, e não tenhais medo”. 8Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. 9Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.
Caríssimos fiéis discípulos do Senhor! Neste segundo domingo da Quaresma a Liturgia da Palavra nos coloca diante de três diferentes situações de encontro com o Senhor, nosso Deus, conforme as palavras de Abraão, do Apóstolo Paulo e de Jesus Cristo!
1. – Abrão, o nosso pai na fé no Deus único e verdadeiro, deu um testemunho de vida, aos olhos de Deus, de ser um homem justo, obediente, fiel e temente a Deus. Deus vendo com agrado a conduta deste homem justo e temente a Deus, apareceu-lhe num momento místico de oração, e lhe disse: “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 12, 1-4)! E, imediatamente, acreditando nas palavras do Senhor, Abrão obedeceu e partiu para a terra que Deus lhe haveria de mostrar! E, no caminho, transbordando de alegria no Senhor, Abrão cantava o Salmo 32, dizendo: “Exultai no Senhor, ó justos, pois aos retos convém o louvor! Porque a palavra do Senhor é reta, em todas as suas obras resplandece a fidelidade: Ele ama a justiça e o direito. Da bondade do Senhor está cheia toda a terra. Pela palavra do Senhor foram feitos o céu e a terra. Tema ao Senhor toda a terra; e reverenciem-no todos os homens! Nossa alma espera no Senhor, porque ele é nosso amparo e nosso escudo. Nele, pois, se alegra o nosso coração, em seu santo nome confiamos, e de vossa misericórdia esperamos (Sl 32)!
2. – O Apóstolo Paulo, num diálogo com seu discípulo Timóteo confidenciou-lhe um pedido irrecusável e desafiador: “Caríssimo: Sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso Salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do Evangelho” (Tm, 1, 8-10).
3. – Jesus, enquanto estava preparando os Apóstolos para a missão evangélica de anunciar Cristo ao mundo, quis instruí-los e consolidá-los na fé de sua divindade. Não fez isto com todos os Apóstolos, mas chamou à parte apenas Pedro Tiago e João. Subiram ao monte Tabor, e ali, somente aos três Apóstolos, Jesus Cristo manifestou-lhes a sua condição divina, de Filho de Deus. Vejamos como o evangelista Mateus descreveu este momento místico do encontro destes três Apóstolos, com Jesus Cristo manifestando-lhes a sua glória celeste e divina, dizendo: “E Jesus foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias”. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o” (Mt 17, 1-9). Uma vez confirmados na fé revelada por Cristo, os Apóstolos passaram a acreditar firmemente na verdadeira e plena Humanidade e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo; e saíram, tempos depois, pregando esta crença a todos os povos no mundo inteiro!
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