No dia em que o Senhor fez a terra e o céu, 5ainda não havia nenhum arbusto do campo sobre a terra, e ainda nenhuma erva do campo tinha brotado, porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e nem existia homem para cultivar o solo. 6Mas uma fonte brotava da terra, e lhe regava toda a superfície. 7Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente. 8Depois, o Senhor Deus plantou um jardim em Éden, a oriente, e ali pôs o homem que havia formado. 9E o Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores de aspecto atraente e de fruto saboroso ao paladar, a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. 15O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim de Éden, para o cultivar e guardar. 16E o Senhor Deus deu ao homem uma ordem, dizendo: “Podes comer de todas as árvores do jardim, 17mas não comas da árvore do conhecimento do bem e do mal; porque, no dia em que fizeres, sem dúvida morrerás”.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor! * Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! 2De majestade e esplendor vos revestis * e de luz vos envolveis como num manto. 27Todos eles, ó Senhor, de vós esperam * que a seu tempo vós lhes deis o alimento; 28vós lhes dais o que comer e eles recolhem, * vós abris a vossa mão e eles se fartam. 29Se tirais o seu respiro, eles perecem * e voltam para o pó de onde vieram; 30enviais o vosso espírito e renascem * e da terra toda a face renovais.
Naquele tempo, 14Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai todos e compreendei: 15o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 16Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 17Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola. 18Jesus lhes disse: “Será que nem vós compreendeis? Não entendeis que nada do que vem de fora e entra numa pessoa, pode torná-la impura, 19porque não entra em seu coração, mas em seu estômago e vai para o fossa?” Assim Jesus declarava que todos os alimentos eram puros. 20Ele disse: “O que sai do homem, isso é que o torna impuro. 21Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem”.
Caríssimos irmãos! Tanto a religião judaica, quanto a maioria das religiões pagãs, possuíam certos ritos de ablução e de purificação. De modo geral, as religiões não-cristãs tinham um forte senso de impureza a partir de coisas externas, como por exemplo: 1. Certos alimentos proibidos, que eram ingeridos; 2. Certos objetos proibidos a determinadas pessoas, que eram tocados; 3. Certos lugares proibidos, que se entrava ou passava. Todos este objetos exteriores tornavam a pessoa impura. E a religião, portanto, fornecia certos ritos de ablução e purificação, que permitiam às pessoas de recuperarem a pureza. E, por outro lado, estas religiões tinham uma escassa preocupação moral pela pureza espiritual da consciência.
Esta excessiva preocupação por uma pureza exterior e quase desprovida preocupação pela pureza interior, provocava naqueles que eram fiéis a estas religiões um estilo de vida frequentemente ambíguo e hipócrita. Pois, pelo fato de que estes homens “piedosos” se preocupavam em ter uma conduta externa de pureza – sendo leais cumpridores dos ritos religiosos -, porém, deixavam-se levar por uma vida devassa e perversa. Jesus veio para corrigir esta distorção religiosa, dizendo que estas coisas externas não deixam o homem impuro, e nenhum ritual religioso de ablução pode produzir a purificação espiritual do homem. E Jesus deixa claro que estes ritos de purificação são simplesmente normas e preceitos criados pelos homens, e eles os guardam por tradição. Portanto, Deus nunca introduzira tais ritos de purificação.
Diante disto, Jesus diz que o que torna o homem impuro são as más intenções e as imoralidades que se cometem. E, estes pecados não tornam impuro o corpo, mas a alma, manchando de impureza grave a própria consciência espiritual. Como diz o nosso Senhor Jesus Cristo: “O que sai do homem, isso é que o torna impuro. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem” (Mc 7, 20-23). E, por sua vez, o rito de purificação que Jesus instituiu na religião cristã foi muito simples: Converter-se; arrepender-se de seus pecados; e passar pelo rito litúrgico do Sacramento da Confissão. Assim, uma vez confessando sinceramente os seus pecados a Deus, declarando-os ao sacerdote, o nosso Senhor Jesus Cristo derramará, assim, o seu sangue redentor, mediante o seu Espírito, purificando espiritualmente a consciência de todos os pecados mortais, no exato momento em que o sacerdote declarar a absolvição sacramental. Este é, portanto, o rito de purificação que Jesus instituiu para, eficazmente, purificar-nos e libertar-nos de nossos pecados; cujos pecados, nos levariam à condenação dos infernos e à morte eterna!
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