Irmãos, 1perseverai no amor fraterno. 2Não esqueçais a hospitalidade; pois, graças a ela, alguns hospedaram anjos, sem o perceber. 3Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltratados, pois também vós tendes um corpo! 4O matrimônio seja honrado por todos e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os imorais e adúlteros. 5Que o amor ao dinheiro não inspire a vossa conduta. Contentai-vos com o que tendes, porque ele próprio disse: “Eu nunca te deixarei, jamais te abandonarei”. 6De modo que podemos dizer, com ousadia: “O Senhor é meu auxílio, jamais temerei; que poderá fazer-me o homem?” 7Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a palavra de Deus, e considerando o fim de sua vida, imitai-lhes a fé. 8Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje
e por toda a eternidade.
O Senhor é minha luz e salvação; * de quem eu terei medo? Senhor é a proteção da minha vida; * perante quem eu tremerei? 3Se contra mim um exército se armar, * não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, * mesmo assim confiarei. 5Pois um abrigo me dará sob o seu teto * nos dias da desgraça; no interior de sua tenda há de esconder-me * e proteger-me sobre a rocha. 8Senhor, é vossa face que eu procuro; * não me escondais a vossa face! Não afasteis em vossa ira o vosso servo, * sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado.
Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”. 16Ouvindo isto, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.
Caros irmãos e irmãs! Não vos enganeis! A cultura moderna e mundana estabeleceu para nós todos novos critérios de conduta humana. Houve uma verdadeira revolução, sobretudo no que diz respeito à moral familiar, conjugal e sexual. Tudo o que nossos pais nos ensinaram – instruídos por uma moral cristã – para termos uma conduta civilizada, respeitosa e digna em relação às questões familiares, matrimoniais e sexuais, foram lançados por terra. Hoje em dia são poucas as famílias que conseguem guardar a moral cristã católica. E, aquelas que, em meio a grandes dificuldades e conflitos, eventualmente conseguem perseverar numa moral familiar cristã, encontram resistências enormes nos próprios filhos e netos, ou até do próprio cônjuge.
A Liturgia da Palavra de hoje nos põe diante de questões extremante melindrosas e controversas, quando se trata de afrontar os problemas da moral sexual e matrimonial. São João Batista, o maior dos profetas, que veio preparar os corações das pessoas para receber o Evangelho de Jesus Cristo, se deu muito mal quando se declarou defensor da moral conjugal, segundo os preceitos divinos. Ao denunciar o rei Herodes de estar em estado de pecado grave, por estar numa união conjugal adúltera com Herodíades, foi perseguido, maltratado, preso e morto! A audácia de João em confrontar publicamente o rei, denunciando o seu adultério, o fez perder a vida e ser punido com a pena de prisão e depois lhe foi dada a pena capital. João Batista, desta forma, se tornou o primeiro mártir defensor da pureza, da santidade e da castidade do sacramento do matrimônio e da moral sexual cristã, segundo os princípios do Evangelho de Cristo!
O próprio Herodes deu este testemunho, dizendo: “Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” Pois, Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia (Mc 6, 16-19). Jesus Cristo manteve aquela moral divinamente revelada na Lei antiga, confirmando-a como Lei nova de seu Evangelho. Ele instituiu o matrimônio como Lei divina, na forma de um contrato indissolúvel, divinamente estabelecido. Além disto, Jesus, em seu Evangelho, deu novos preceitos referentes à moral familiar, conjugal e sexual, para que os seus discípulos as praticassem. E os Apóstolos, posteriormente, permaneceram fiéis a esta mesma doutrina do Evangelho de Cristo, dizendo: “O matrimônio seja honrado por todos e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os imorais e adúlteros” (Hb 13, 4).
Por isso, caríssimos irmãos permaneçamos firmes na lei do Senhor, guardando a pureza e a santidade do matrimônio, se quisermos alcançar a salvação, pois “o Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei” (Sl 26, 1)?
WhatsApp us