Assim diz o Senhor: 1Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer? Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. 4Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos.
“Ó portas, levantai vossos frontões! † Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, * a fim de que o Rei da glória possa entrar!” 8Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” † “É o Senhor, o valoroso, o onipotente, * o Senhor, o poderoso nas batalhas!” 9“Ó portas, levantai vossos frontões! † Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, * a fim de que o Rei da glória possa entrar!” 10Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” † “O Rei da glória é o Senhor onipotente, * o Rei da glória é o Senhor Deus do universo”!
Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor.” 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
Caríssimos irmãos e irmãs! Hoje celebramos a festa da Apresentação de Jesus no Templo.
A celebração desta festa da Apresentação do Senhor é uma demonstração perfeita que Jesus e a sua família seguiram com todo zelo e correção as tradições judaicas. Jesus fez questão de seguir em tudo as prescrições judaicas e os ritos de piedade. Esta apresentação do menino Jesus no Templo de Jerusalém, dentro da religião judaica, era o rito de consagração do filho primogênito aos Senhor, tornando-o herdeiro das promessas e dos direitos patriarcais. Esta apresentação e consagração do filho primogênito no Templo de Jerusalém significava o ingresso oficial na religião judaica e o reconhecimento público de que esta criança, a partir daquele momento, faria parte do Povo de Israel, mediante o rito da circuncisão e da consagração do menino. “Pois, afinal, ele não veio ocupar-se com os anjos, mas com a descendência de Abraão. Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e digno de confiança nas coisas referentes a Deus, a fim de expiar os pecados do povo” (Hb 2, 16-17).
Por isso, o menino Jesus, na condição de filho primogênito de José e Maria, e membro da linhagem de Davi, era oficialmente reconhecido como o chefe primogênito da Tribo de Judá, o descendente legítimo da casa de Davi e o primogênito da família de José. Desta forma, sem que as autoridades sacerdotais do Templo de Jerusalém advertissem, eles decretaram publicamente, neste rito de consagração de Jesus, que ele era o Messias e Salvador, herdeiro da coroa de Davi e o descendente prometido aos antigos Patriarcas. As palavras de Simeão profetizaram sobre o menino reconhecendo-o como Salvador e Messias do Povo de Israel e de de todos os povos da terra, dizendo: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel’” (Lc 2, 29-32). A seguir profetizou sobre o menino, dizendo: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma” (Lc 2, 34-35).
Esta apresentação de Jesus no templo tornou-se o ato litúrgico mais sublime e perfeito realizado no Templo de Jerusalém, no qual Jesus foi oferecido a Deus em sacrifício e louvor, pelas mãos do Sumo Sacerdote. No momento da Apresentação de Jesus no Templo, o sacerdócio levítico chegou ao seu mais alto grau de dignidade e o Templo se tornou verdadeira morada de Deus, conforme a profecia de Malaquias, que dizia: “Assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos” (Ml 3, 3-4). E a seguir o profeta fala a respeito do Templo, dizendo: “Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3, 1; 4).
Portanto, caros irmãos, Jesus entrando no Templo, ele tomou posse de sua Casa, como disse o profeta: “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!” Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” “O Rei da glória é o Senhor onipotente, o Rei da glória é o Senhor Deus do universo” (Sl 23, 9-10)!
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