Naqueles dias, Paulo e Barnabé, 21voltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. 22Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. 23Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. 24Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. 25Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. 26Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado. 27Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.
Bendirei o vosso nome, ó meu Deus, meu Senhor e meu Rei para sempre. 8Misericórdia e piedade é o Senhor, * ele é amor, é paciência, é compaixão. 9O Senhor é muito bom para com todos, * sua ternura abraça toda criatura. 10Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, * e os vossos santos com louvores vos bendigam! 11Narrem a glória e o esplendor do vosso reino * e saibam proclamar vosso poder! 12Para espalhar vossos prodígios entre os homens * e o fulgor de vosso reino esplendoroso. 13O vosso reino é um reino para sempre, * vosso poder, de geração em geração.
Eu, João, 1vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido. 3Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. 4Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”. 5Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”. Depois, ele me disse: “Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”.
Eu vos dou novo preceito: que vos ameis uns aos outros, como eu vos tenho amado.
Depois que Judas saiu do cenáculo disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. 34Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. 35Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste 5º Domingo da Páscoa nos revela os mistérios do caminho de salvação. Pois, a salvação que Jesus Cristo, o Salvador, nos propõe tem as suas peculiaridades e os seus mistérios, que as leituras que acabamos de ouvir pretendem desvendar. De primeira mão esta salvação de Cristo pode nos parecer meio estranha e contraditória. Dado que, ao mesmo tempo em que ela propõe a glória como objetivo último a ser alcançada no Reino dos céus, paradoxalmente, ela exige que, atualmente, aqui neste mundo, se suportasse muitas humilhações, sofrimentos e perseguições.
Jesus Cristo fez da pregação do Reino dos céus o coração e centro de seu Evangelho. A todo o momento e de todos os modos Jesus Cristo estimulava as pessoas a buscarem a glória e a bem-aventurança do Reino dos céus. Ele mesmo tinha a glória e a bem-aventurança futura no Reino dos céus como seu objetivo principal, visto que ele trazia estas coisas constantemente em sua mente e em seu coração, mesmo sabendo que devia enfrentar graves tribulações! Pois, ele sabia perfeitamente que as tribulações e os sofrimentos momentâneos, suportados com paciência, não seriam empecilhos para alcançar tal objetivo, mas seriam, na verdade, meios fabulosos para aumentarem ainda mais a sua glória e a sua bem-aventurança no Reino dos céus.
Por isso, Jesus Cristo expressava uma alegria espiritual muito grande, momentos antes de passar pela maior humilhação de sua vida, dizendo que estava se aproximando o momento de ele ser glorificado pelo Pai. Deste modo, “logo depois que Judas saiu do cenáculo, Jesus exclamou em alta voz, dizendo: ‘Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo'” (Jo 13, 31-32). Esta é a alegria e a glória dos mártires; a glória dos heróis que não se intimidam diante do perigo e da morte, para serem coroados por Deus na glória celestial. Esta é a glória que o Senhor dará no Reino dos céus aos que derem a sua vida por amor aos irmãos!
Os Apóstolos, quando saíram a pregar o Evangelho da salvação a todos os homens, estavam bem conscientes sobre os mistérios deste caminho de salvação, anunciado por Jesus Cristo. Assim como aconteceu com Jesus Cristo, deveria acontecer da mesma forma com os discípulos. A glória da vida eterna somente seria alcançada depois de suportar com paciência algumas tribulações neste mundo! “Por isso, para encorajar os discípulos, os apóstolos os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: ‘É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus'” (At 14, 22). Este seria, portanto, o grande paradoxo da vida cristã e do caminho de salvação, que esta religião propunha aos seus seguidores. ou seja, para se alcançar a glória e a bem-aventurança do Reino dos céus, era necessário suportar, aqui neste mundo, certas contrariedades e tribulações.
E entre os irmãos que compartilhavam esta mesma fé em Jesus Cristo, esperando a glória e a bem-aventuranças do Reino dos céus, deveriam, atualmente, viver em comunidades, guardando entre si o amor mútuo. Pois, foi esta a única recomendação de Jesus aos seus discípulos, que lhes disse: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13, 34-35).
Por fim, São João, no Livro do Apocalipse, nos deu um belo testemunho da glória e da bem-aventurança no Reino dos céus, dizendo: “Eu, João, vi um novo céu e uma nova terra. Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido. Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles” (Ap 21, 1-3).
E todos aqueles que têm os olhos fixos na glória e na bem-aventurança do Reino dos céus elevem a Deus este canto de júbilo e de confiança no Salvador Jesus Cristo, dizendo: “Bendirei o vosso nome, ó meu Deus, meu Senhor e meu Rei para sempre. Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração” (Sl 144, 1; 8; 13).
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