Irmãos, 1a Lei possui apenas o esboço dos bens futuros e não o modelo real das coisas. Também, com os seus sacrifícios sempre iguais e sem desistência repetidos cada ano, ela é totalmente incapaz de levar à perfeição aqueles que se aproximam para oferecê-los. 2Se não fosse assim, não se teria deixado de oferecê-los, se os que prestam culto, uma vez purificados, já não tivessem nenhuma consciência dos pecados? 3Mas, ao contrário, é por meio destes sacrifícios que, anualmente, se renova a memória dos pecados, 4pois é impossível eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes. 5Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. 6Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. 7Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”. 8Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei – 9ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. 10É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.
Esperando, esperei no Senhor, * e inclinando-se, ouviu meu clamor. 4Canto novo ele pôs em meus lábios, * um poema em louvor ao Senhor. 7Sacrifício e oblação não quisestes, * mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, † holocaustos por nossos pecados. * 8E então eu vos disse: “Eis que venho!” 10Boas-novas de vossa justiça † anunciei numa grande assembleia; * vós sabeis: não fechei os meus lábios! 11Proclamei toda a vossa justiça, † sem retê-la no meu coração; * vosso auxílio e lealdade narrei. Não calei vossa graça e verdade * na presença da grande assembleia.
Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura.” 33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
Caríssimos discípulos e discípulas do Senhor! A Liturgia da Palavra nos exorta a oferecer a Deus o sacrifício que muito lhe agrada: Fazer a sua vontade! Assim como disse Jesus ao Pai: “Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”. Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei – ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade” (Hb 10, 8-9).
Jesus, neste Evangelho que acabamos de ouvir, colocou no mesmo pé de igualdade os discípulos dele, que o seguiam e guardavam as suas palavras, quanto os seus familiares. Todo aquele que se fizesse discípulo de Jesus e obedecesse os seus ensinamentos, estabeleceria um vínculo tão estreito e forte com ele, quanto ao que ele tinha com a sua mãe e com os seus irmãos. A mesma consideração e amor que ele tinha por sua mãe e por seus irmãos, ele o teria com os seus discípulos que fizessem a sua vontade.
Conforme as palavras do Evangelho que ouvimos, alguém se aproximou de Jesus e disse: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura.” Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mc 3, 32-35). Com isso, Jesus deu a entender que os vínculos de Cristo com os seus discípulos não se darão mais pelo vínculos familiares de sangue, mas pelos vínculos de fé e pelo cumprimento de sua palavra. Por isso, quem cumprir a sua palavra com fé fará parte da família de Deus eternamente e será salvo!
O novo sacrifício instituído por Cristo – não de animais, mas do seu próprio corpo e da sua vontade – era capaz de perdoar todos os pecados da humanidade. Conforme as palavras reveladas pelo Apóstolo, que nos disse: “Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”. Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei – ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas” (Hb 10, 6-10).
Diante disto, devemos aclamar e louvar a Deus, dizendo: “Esperando, esperei no Senhor. Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados. E então eu vos disse: “Eis que venho!” Boas-novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios! Proclamei toda a vossa justiça, sem retê-la no meu coração” (Sl 39, 2; 7-11).
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