Irmãos, 1rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, 2com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus. 3Pensai pois naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. 4Vós ainda não resististes até ao sangue na vossa luta contra o pecado.
Sois meu louvor em meio à grande assembleia;* cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! 27Vossos pobres vão comer e saciar-se, † e os que procuram o Senhor o louvarão;* “Seus corações tenham a vida para sempre!” 28Lembrem-se disso os confins de toda a terra,* para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando, diante dele* todos os povos e as famílias das nações. 30Somente a ele adorarão os poderosos,* e os que voltam para o pó o louvarão. Para ele há de viver a minha alma,* 31toda a minha descendência há de servi-lo; às futuras gerações anunciará* 32o poder e a justiça do Senhor; ao povo novo que há de vir, ela dirá:* “Eis a obra que o Senhor realizou!”
Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas.
Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” 24Jesus então o acompanhou. Uma numerosa multidão o seguia e o comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com uma hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. 27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’? ” 32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”. 35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. 39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” – que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina”.
Caríssimos fiéis em Cristo! A Liturgia da Palavra de hoje faz-nos um apelo muito forte para que professemos a nossa fé em Jesus Cristo, reconhecendo-o como o Filho de Deus e nosso Senhor Jesus Cristo! E desta forma o vejamos como um exemplo a ser seguido, para que vivamos intensamente nossa fé e a nossa esperança de salvação, como nos disse o Apóstolo: “Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus” (Hb 12, 1-2).
Jesus, quando saiu pelo mundo a evangelizar os seus irmãos da Galileia e da Judeia, procurou fazer-se visível a eles na sua condição divina, anunciando o seu Evangelho e realizando prodígios sobrenaturais. Apresentava-se, assim, como o “Emanuel”, o “Deus conosco”! E, neste sentido, ele fez largo uso dos seus poderes divinos de realizar milagres, para mostrar-se, assim, a todos a sua face invisível de “Senhor e Salvador”.
Desta forma, vendo os prodígios e milagres realizados por Jesus Cristo, todos os judeus eram levados a crer que em Jesus o Deus Altíssimo – o Criador e Senhor de todas as coisas – atuava nele com todos os seus poderes divinos. As multidões que se aglomeravam ao redor de Jesus não viam nele apenas um profeta, mas começaram a acreditar que o próprio Deus poderia estar nele em forma humana. Por isso, acorriam a ele com fé e grande devoção, como fizeram Jairo, o chefe da sinagoga de Cafarnaum, e aquela mulher enferma no meio da multidão. “Pois, naqueles dias aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” Jesus então o acompanhou. Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo” Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” – que quer dizer: “Menina, levanta-te!” Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados” (Mc 5, 22-24; 39-42).
E o caso daquela mulher com problema de hemorragia, que tinha tanta fé em Jesus Cristo e nos seus poderes divinos, que a fez acreditar que ele poderia curá-la de sua enfermidade, apenas tocando em suas vestes. “Por isso, a mulher tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. Jesus, então, lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença” (Mc 5, 27-29; 34).
Assim sendo, os milagres se tornaram os melhores testemunhos de Cristo sobre os seus poderes sobrenaturais e a sua condição divina. Pois, toda vez que Jesus realizava qualquer milagre, ele o fazia por força de um poder próprio, sem invocar a Deus, testemunhando que ele era o Filho de Deus. Por isso, da mesma forma como os judeus piedosos se dirigiam a Deus em suas orações para obterem dele as graças e dons divinos, eles, agora, diante de Jesus Cristo, o invocavam com a mesma fé, para que Jesus realizasse os milagres e curas, que somente Deus lhes poderia dar. Desta forma, pelos milagres, Jesus dava o testemunho de sua condição divina, despertando neles a luz da fé, para que pudessem acreditar em Jesus Cristo, como o Filho de Deus.
Tempos depois, São Paulos dirigindo-se ao cristão hebreus, que, talvez, presenciaram tais milagres, lhes dizia: “Irmãos, rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus” (Hb 12, 1-2).
Tanto os cristãos hebreus daquele tempo, quanto nós cristãos dos tempos atuais, devemos adorar e bendizer a Jesus Cristo, reconhecendo-o como nosso Senhor e Deus, dizendo: “Sois vós ó Senhor o meu louvor em meio à grande assembleia. Lembrem-se disso os confins de toda a terra, para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando, diante dele todos os povos e as famílias das nações” (Sl 21, 26; 28).
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